Na última sexta-feira (18), o influencer e empresário Felipe Neto contou para seus seguidores nas redes sociais um pouco sobre o seu estado de saúde. Ele, que hoje em dia tem 33 anos e foi um dos primeiros a bombar no YouTube aqui no Brasil, sofre com a doença hemocromatose.
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O anúncio gerou preocupações mas principalmente dúvidas sobre a doença. Mas de acordo com o próprio Felipe Neto, não há motivos para tanto alarde, já que no seu caso a doença é “incompleta” e heterozigótica não é grave.
De acordo com a hematologista Andresa Melo, que deu entrevista ao Correio Brasiliense, disse que a doença é caracterizada pelo excesso de ferro no sangue, que, com o tempo, pode se acumular nos órgãos e trazer outros problemas à saúde. Ela explica que a hemocromatose pode ser primária hereditária e secundária, quando é adquirida por transfusão de sangue.
Ela explica que é relativamente comum que a população tenha, já que a doença pode demorar décadas para apresentar algum tipo de sintoma. Normalmente, os sintomas podem ocorrer por meio de outras doenças, mas ‘naturalmente’ os sintomas só surgem após décadas, por isso é bem comum ver idosos que adquiriram cirrose por exemplo, mas sem nunca ter ingerido álcool.
Andresa alerta que os pacientes que apresentam essa doença devem ter um acompanhamento médico certinho e realizar um tratamento chamado de “sangria”. A sangria funciona como uma doação de sangue, mas o sangue coletado é descartado, e com esse tratamento é possível diminuir o acúmulo de ferro.
A médica ainda alerta para que esse tratamento deve ser indicado por um médico, e realizar um exame de ferritina é fundamental, mas é um exame específico para pacientes que têm alterações metabólicas.
No caso de Felipe Neto, como a doença é caracterizada como incompleta e heterozigótica, a hematologista e professora Amanda Bruder explica que é um quadro menos grave, significa que apenas a mãe ou o pai possuem a doença, ou seja, é um fator genético.