Diabos-da-tasmânia matam todos os pinguins de ilha australiana

Por Redação

Diabos-da-tasmânia matam todos os pinguins de ilha australiana
Imagem: David Clode/Unsplash

Diabos-da-tasmânia foram enviados a uma pequena ilha da Austrália em uma tentativa de salvar a espécie, mas a medida fez com que outros animais, os pinguins-azuis, fossem exterminados no local. A BirdLife, organização que trabalha pela conservação de aves, informou que o marsupial matou todos os pinguins da espécie na Ilha Maria.

Além do extermínio da ave, a instituição também informou que presença dos diabos-da-tasmânia causou custos “catastróficos” na ilha de 116 km² a leste da Tasmânia, de acordo com The Guardian.

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A Ilha Maria já foi o lar de 3.000 casais reprodutores de pinguins-azuis há cerca de uma década. Sua populações diminuiu desde que os demônios-da-tasmânia foram introduzidos no local em 2012, mas de acordo com a BirdLife, a pesquisa mais recente mostrou que a espécie de pinguins desapareceu completamente da ilha.

Com o objetivo de proteger os números de diabos-da-tasmânia, uma população geograficamente isolada e livre do câncer contagioso e mortal que afetava a espécie foi enviada à ilha em 2012 e 2013. Foram enviados 28 animais e, em 2016, o número já era de 100.

Dr. Eric Woehler, da BirdLife Tasmânia, disse que a perda de pássaros foi um resultado triste, mas não surpreendente. “Todas as vezes em que os humanos deliberadamente ou acidentalmente introduziram mamíferos nas ilhas oceânicas, sempre houve o mesmo resultado… Um impacto catastrófico em uma ou mais espécies de pássaros.”

Uma pesquisa no ano passado descobriu que os marsupiais também dizimaram colônias de bobos-de-cauda-curta, uma ave australiana, na Ilha Maria.

A justificativa, uma década atrás, para levar a população de diabos-da-tasmânia à Ilha Maria era válida, disse Woehler, porque na época o impacto do câncer que atingia a espécie não era bem compreendido.

Mas uma pesquisa publicada em 2020 descobriu que o câncer provavelmente não eliminaria as populações dos animais porque a disseminação da doença parece ter diminuído.

Um porta-voz do governo da Tasmânia disse que seu programa para salvar a espécie monitorou e avaliou continuamente a população dos marsupiais e as atividades da campanha.

“Todos os programas de conservação eficazes são adaptativos e esse também continuará a evoluir de acordo com os novos conhecimentos científicos e as prioridades emergentes”, disse.







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