A temporada de escalada no Everest, a montanha mais alta do mundo, começa no próximo mês de abril. A ascensão de 8.848 metros é um dos desafios mais emocionantes que um alpinista pode enfrentar.
Antes de tentar escalar o Everest, as equipes geralmente passam várias semanas na montanha para aclimatação, subindo e descendo entre os acampamentos para se adaptarem à altitude. Este processo é crucial para minimizar o risco de males relacionados à altitude.
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Organizar uma expedição para a montanha icônica do Himalaia também é um empreendimento complexo, repleto de desafios únicos que exigem planejamento meticuloso, experiência e recursos significativos.
Com a ajuda dos nossos amigos da Grade6, que organizam expedições até a montanha mais alta do planeta, conhecemos seis brasileiros que vão tentar escalar o Everest nesta temporada e exploramos alguns dos principais desafios envolvidos na organização destas expedições.
Logística complexa
A logística de uma expedição ao Everest é fundamental. Desde o transporte de equipamentos e suprimentos essenciais até a gestão das equipes de apoio, tudo deve ser cuidadosamente planejado e coordenado. Isso inclui a organização de transporte terrestre e aéreo até o campo base, a disponibilidade de abastecimento de alimentos e água, a gestão de resíduos e o estabelecimento de comunicações confiáveis.
Altitude e condições climáticas extremas
O Everest está localizado a uma altitude extrema, onde o ar é rarefeito e as condições climáticas podem mudar rapidamente. Isso representa um desafio significativo para os expedicionários, que enfrentam o risco de altitude e condições climáticas adversas, como tempestades de neve e ventos fortes. A aclimatação adequada é essencial para minimizar os riscos de doença de altitude e maximizar as chances de sucesso na escalada.
Riscos de segurança
A escalada do Everest é inerentemente arriscada, com perigos como avalanches, crevasses, quedas de gelo e altitude extrema representando ameaças constantes. A segurança dos participantes e da equipe de apoio deve ser uma prioridade máxima durante toda a expedição. Isso requer a implementação de protocolos de segurança rigorosos, o treinamento adequado da equipe e o acesso a equipamentos de segurança de alta qualidade.
Custos financeiros elevados
Organizar uma expedição para o Everest é um empreendimento caro. Os custos envolvidos incluem taxas de permissão, transporte, equipamentos, logística, pessoal de apoio e muito mais. Além disso, os expedicionários também precisam considerar despesas relacionadas a seguro saúde, cuidados médicos de emergência e evacuação de helicóptero, o que pode aumentar significativamente o custo total da expedição.
Impacto ambiental
A escalada do Everest tem um impacto significativo no meio ambiente local. O aumento do turismo na região resulta em questões como poluição, degradação ambiental e escassez de recursos naturais. Organizadores de expedições e montanhistas devem adotar práticas sustentáveis para minimizar seu impacto no ecossistema frágil do Everest e preservar sua beleza natural para as gerações futuras.
Brasileiros no Everest
Este ano marca um marco significativo para os entusiastas brasileiros de montanhismo, pois a Grade6 é única equipe formada por brasileiros de uma empresa nacional a operar e organizar uma expedição para a escalada do Monte Everest.
“Essa conquista exclusiva reflete nosso compromisso com a excelência e nossa paixão por proporcionar experiências únicas e inesquecíveis aos nossos clientes”, afirma Fernando Chevchuk, guia da Grade6 . “Estamos ansiosos para compartilhar essa jornada inesquecível com nossos clientes e continuar a inspirar montanhistas brasileiros a alcançar o topo do mundo.”
Conheça abaixo os brasileiros (e uma argentina radicada por aqui) que escalarão o Everest em 2024 com a Grade6:
Fábio Natali Costa
Idade: 47 anos
Profissão: Juiz
Expectativas: “A montanha é o lugar onde converso com minha espiritualidade através do que experimento de sensações. Um dia de cada vez, um passo de cada vez. O Everest é um sonho cujo caminho venho percorrendo há sete anos. Será uma jornada rumo ao desconhecido, mas sobretudo um momento de profunda gratidão.”
Filipe Chamusca de Moura
Idade: 42 anos
Profissão: Cientista Social
Expectativas: “Voltar ao Nepal, país que me apaixonei há 10 anos! Reencontrar os sherpas e a incrível cultura que representam. Conectar com a montanha e a natureza. Voltar bem para contar histórias e inspirar outras pessoas a perseguirem seus ‘Everests.”
Eduardo Rocha Casagrande
Idade: 49 anos
Profissão: Advogado
Expectativas: “Desafio pessoal, desde que comecei a escalar sonho com esse momento. Vai ser uma montanha duríssima que vai exigir muito do psicológico e do condicionamento nem se fala. Vou estar 100% em todos os aspectos e como sempre respeitar a montanha.”
Olívia Bonfim
Idade: 33 anos
Profissão: Planejadora financeira
Expectativas: “Estar na montanha é um encontro comigo mesma, minha expectativa nesse encontro é viver algo novo, conhecer e superar meus limites e ver o mundo sob outra perspectiva!”.
Maria Belen Silvestris*
Idade: 34
*Argentina que mora no Brasil há sete anos
Profissão: Marketing
Expectativas: “Poder concluir meu sonho que começou há oito anos de chegar ao topo da montanha mais alta do mundo e finalizar o Projeto 7 Cumes.”
Marcos Pereira Bogado Leite
Idade: 48 anos
Profissão: Cirurgião
Expectativas: “Completar mais uma montanha (a sexta) do Projeto 7 Cumes.”
Carlos Eduardo Santalena
Idade: 37
Profissão: Guia de alta montanha
Expectativas: “Transformar a vida das pessoas que participam das expedições para que sejam cada vez mais conscientes de si mesmas e possam transformar positivamente o planeta.”