Elise Downing, de 28 anos, tornou-se a primeira mulher e a pessoa mais jovem a correr sozinha em volta da costa da Grã-Bretanha em 2016. Agora, cinco anos depois, ela lançou um livro contando a sua trajetória que correspondeu a cerca de 200 maratonas.
+ 5 livros sobre corrida para te inspirar a correr todos os dias
+ Como correr uma ultramaratona?
+ O hábito de correr mantém você jovem por mais tempo, diz pesquisa
No livro “Coasting: Running Around the Coast of Britain – Life, Love and (Very) Loose Plans”, Elise explica a sua história com a corrida. Ela já havia tentado correr uma maratona e uma ultramaratona, mas desistiu e terminou ambas as provas chorando.
Mesmo assim, seis semanas após a ultramaratona, ela partiu com uma barraca nas costas do Museu Marítimo Nacional em Greenwich, em Londres, para começar a trajetória de quase 8.050 km em 301 dias.
Ao longo do caminho, Elise passou a noite na casa de mais de 200 completos estranhos.
A britânica disse ao DailyMail que a rota da aventura nunca foi um problema. “Eu apenas mantinha o mar à minha esquerda, com certeza”, afirmou.
Pedras no sapato
O clima foi uma das grandes adversidades que Elise enfrentou em sua jornada. Ela fez parte do trajeto durante o inverno europeu de 2015-16, que contou com muitas tempestades.
“Lembro-me vividamente de alguns dos nomes das tempestades como se fossem velhas amigas: Barney, Desmond, Frank, Imogen … Eu estava correndo por Dorset, Devon e Cornwall durante o inverno e houve alguns momentos cabeludos em trajetos de penhascos, me agarrando em cercas de arame farpado com medo de ser levada embora [pela tempestade]”, contou ela ao veículo britânico.
“Sua própria mortalidade de repente parece muito aparente nesses momentos. Tive que fazer uma rota alternativa para o interior algumas vezes para evitar literalmente ser jogada no mar.”
No entanto, Elise conta que as (muitas) partes boas da aventura logo apareceram. Segundo ela, uma das maiores surpresas positivas foi a bondade das pessoas que ela conheceu no caminho.
“Eu percebi como a maioria dos humanos é fundamentalmente boa. Foi um grande privilégio ser recebida na casa de tantas pessoas, e me sinto muito sortuda por ter tido a chance de conhecer tantas pessoas diferentes e incríveis”, contou. “Percorrer a costa da Grã-Bretanha era tecnicamente um desafio individual, mas realmente não acho que teria chegado ao fim se não fosse por toda a ajuda que recebi.”
Você pode adquirir o livro da primeira mulher a correr em volta da Grã-Bretanha, que ainda não tem versão em português, neste link.