O ciclismo é uma das atividades físicas mais completas que existem. Além de fortalecer os músculos e melhorar o condicionamento físico, pedalar também pode ser um forte aliado da saúde digestiva. O que poucos sabem é que a prática regular de bicicleta ajuda até mesmo a aliviar problemas como constipação intestinal e refluxo gastroesofágico.
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Segundo o gastroenterologista Rodrigo Rodrigues, esse efeito positivo no sistema gastrointestinal tem explicação: o movimento repetitivo das pernas durante o pedal estimula os órgãos do trato digestivo, acelera o trânsito intestinal e melhora o fluxo sanguíneo na região abdominal. Como resultado, há um aumento na produção de enzimas digestivas, facilitando a digestão e promovendo mais conforto intestinal.
Como a bicicleta influencia o intestino
Estudos recentes apontam que o ciclismo pode ajudar a regular o funcionamento do intestino, contribuindo para a eliminação de toxinas e o alívio de desconfortos como inchaço abdominal. A prática também ajuda a combater o sedentarismo — um dos principais vilões da saúde gastrointestinal — com a vantagem de ser uma atividade de baixo impacto, que não sobrecarrega as articulações.
Para quem busca uma rotina mais confortável sobre duas rodas, vale investir em vestuário adequado, desde bermudas acolchoadas até tops de suporte e calçados específicos. Esses cuidados fazem a diferença no desempenho e no bem-estar durante a pedalada.
Pedalar fortalece o corpo todo
De acordo com a fisioterapeuta Ana Luísa Marçal, o ciclismo vai muito além das pernas. A atividade fortalece o músculo cardíaco, melhora a mecânica respiratória, estimula a circulação sanguínea e reduz o risco de doenças cardiovasculares — especialmente quando praticada com regularidade.
A biomecânica do pedal envolve uma cadeia muscular complexa. Embora o quadríceps seja o principal responsável pela força aplicada, outros grupos — como glúteos, abdômen, região lombar e dorsais — também entram em ação, promovendo um ganho de força generalizado e equilíbrio muscular.
No público feminino, os efeitos podem ser ainda mais perceptíveis. “Mulheres que pedalam regularmente costumam desenvolver pernas, coxas e glúteos mais tonificados, além de melhora na flexibilidade e na coordenação motora”, destaca Ana Luísa.
Outro ponto importante: para garantir todos esses benefícios, é essencial cuidar do ajuste da bicicleta e da escolha de acessórios como selim ergonômico e bermudas de ciclismo com acolchoamento.
Cuidado com lesões
Como qualquer esporte, o ciclismo exige atenção para evitar lesões. O ortopedista Pedro Badim alerta que manter posições inadequadas por longos períodos pode causar compressões nervosas, dores nos braços e formigamentos nas mãos. Problemas na coluna, joelhos ou tornozelos também podem surgir por má postura ou quedas.
A melhor forma de prevenir lesões é ajustar a bicicleta corretamente às medidas do corpo: altura do selim, distância e inclinação do guidão, e alinhamento dos pedais fazem toda a diferença. Equipamentos de segurança como capacete, luvas, óculos e calçados apropriados completam a proteção.