Cientistas americanos e vietnamitas estavam pesquisando a biodiversidade nas selvas e montanhas do Vietnã quando encontraram uma cobra de aparência estranha. Eles descobriram espécie desconhecida, em que a cobra é irisdecente (reflete as cores do arco-íris) e é coberta com escamas cintilantes.
“Foi um momento realmente emocionante”, disse Aryeh Miller, um dos pesquisadores e pesquisador do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, no blog do Smithsonian. “O espécime parece muito diferente. Tão diferente, na verdade, que não sabíamos imediatamente o que era.”
Os pesquisadores, do Smithsonian e da Academia de Ciência e Tecnologia do Vietnã, publicaram suas descobertas na revista Copeia na segunda-feira. Os cientistas descobriram a cobra na província de Ha Giang, no norte do Vietnã, perto da fronteira com a China, em 2019.
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A cobra não tinha fotorreceptores de luz brilhante em seus olhos, sugerindo que ela se enterra no subsolo ou sob as folhas. Esses tipos de cobras são particularmente difíceis de encontrar devido à sua vida abaixo da superfície.
Eles também logo perceberam que era uma espécie pertencente ao gênero raro Achalinus, também conhecido como “cobras de escamas ímpares” porque suas escamas se espalham em vez de se sobreporem como a maioria das cobras. Até agora, havia apenas 13 espécies conhecidas dentro do gênero, seis das quais são do Vietnã.
“Em 22 anos pesquisando répteis no Vietnã, eu coletei apenas seis cobras de escamas ímpares”, disse Truong Nguyen, vice-diretor do Instituto de Ecologia e Recursos Biológicos da Academia de Ciência e Tecnologia do Vietnã, no blog Smithsonian. “Este é um dos grupos de répteis mais mal estudados.”
Os pesquisadores chamaram a cobra de escamas cintilantes de Achalinus zugorum em homenagem ao curador aposentado de répteis e anfíbios do Smithsonian.
Após a pesquisa inicial, os pesquisadores levaram o réptil de volta ao Smithsonian, onde coletaram amostras e sequenciaram o DNA da cobra. A cobra logo será enviada de volta ao Vietnã.
Descobertas como essas podem informar melhor as políticas de conservação e estratégias de manejo, acrescentou o estudo – a única maneira de “garantir a sobrevivência a longo prazo dessas cobras enigmáticas diante de ameaças existenciais”.