Ciclistas questionam projeto de prolongamento da Marginal Pinheiros

Por Redação

Prolongamento da Marginal Pinheiros ameaça reduto de ciclistas e enorme área verde da capital paulista. Foto: Reprodução / Change.org.

Pré-candidata a vereadora, a cicloativista Renata Falzoni protocolou uma representação no TCM (Tribunal de Contas do Município) para tentar frear o projeto de prolongamento da Marginal Pinheiros, em São Paulo.

No final de 2023, a prefeitura da capital paulista anunciou a abertura de uma licitação para prolongar a Marginal a um custo estimado em R$ 1,7 bilhão.

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Mas a construção de uma via expressa no local destruiria a última área verde sem avenidas às margens do Rio Pinheiros. Um abaixo-assinado contra o projeto já reúne mais de 18 mil assinaturas .

“A área representa o último trecho ao longo do canal do Rio Pinheiros que ainda não possui avenidas e vias de tráfego intenso e é uma das maiores áreas verdes urbanas da cidade, com fácil acesso por metrô, trem, bicicleta e a pé. Sua área é maior que o Ibirapuera e sua extensão é maior que a orla da Cidade de Santos”, diz o texto do abaixo-assinado, que pede a criação do Parque Jurubatuba no local.

De acordo com o blog Ciclocosmo, o projeto de prolongamento da Marginal Pinheiros prevê uma via expressa na margem oeste do rio, entre a ponte João Dias e a avenida Jair Ribeiro da Silva.

O novo sistema viário seria composto por interligações com as pontes ao longo do trajeto, começando pela ponte Transamérica, depois a ponte do Socorro, ponte Jurubatuba e ponte Vitorino Goulart da Silva, além de acessos viários aos bairros. Também está prevista a construção de novas pontes e viadutos.

A representação protocolada por Renata Falzoni no TCM evidencia o “risco de desequilíbrio ambiental” que o projeto traz ao município por colocar a avenida sobre uma Zepam (Zona Especial de Proteção Ambiental), que, de acordo com a Lei de Zoneamento, contém remanescentes de Mata Atlântica e faz parte do patrimônio ambiental de São Paulo. A ação no TCM também fala da falta de consulta pública.

“A obra em si não tem sido discutida com a população, é insustentável, a prefeitura ignora todas as evidências que mostram o quanto danoso é o empreendimento, que vai totalmente na contramão do combate às mudanças climáticas e da melhoria da qualidade de vida na cidade. São Paulo precisa urgentemente proteger e aumentar suas áreas verdes”, disse Falzoni ao blog.

Em resposta, a Prefeitura de São Paulo declarou que “o prolongamento da Marginal Pinheiros visa proporcionar uma série de benefícios relacionados à mobilidade urbana: fluidez do tráfego, redução de conflitos viários, construção de novos pavimentos e acessos aos bairros, soluções de drenagem para prevenção de alagamentos, implementação de ciclovia e ciclofaixas para promover uma mobilidade urbana mais sustentável, além da significativa redução do tempo de deslocamento”.

Clique aqui para assinar o abaixo-assinado.

Fonte Ciclocosmo







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