O Butão irá reduzir a taxa diária cobrada dos turistas que permanecerem por mais de quatro dias, em uma tentativa de aumentar o número de visitantes.
Quando o reino himalaio reabriu as fronteiras para turistas em setembro do ano passado, após mais de dois anos de fechamento devido à pandemia, o valor da “Taxa de Desenvolvimento Sustentável” foi aumentado para US$ 200 por visitante por dia (cerca de R$ 950), em comparação aos US$ 65 (R$ 311) que eram cobrados pelos últimos 30 anos.
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As autoridades afirmam que a taxa é projetada para atrair turistas ricos, desencorajando viajantes com orçamento limitado que prejudicam o meio ambiente. Os fundos são utilizados para manter a paisagem intocada e compensar as pegadas de carbono deixadas pelos visitantes.
O Butão proíbe a escalada em montanhas para preservar a santidade de seus picos e atrai apenas uma fração dos turistas que visitam o vizinho Nepal. A partir deste mês até o final de 2024, os turistas que pagarem as taxas diárias por quatro dias poderão ficar mais quatro dias.
Aqueles que pagarem a taxa por 12 dias poderão ficar um mês inteiro. “Se mais turistas permanecerem por mais tempo no Butão, o turismo poderá contribuir para um crescimento mais rápido de nossa economia”, disse Dorji Dhradhul, diretor-geral do Departamento de Turismo, em depoimento à CNN.
O incentivo se aplica apenas aos turistas que pagam em dólares, não se estendendo aos visitantes da vizinha Índia, que pagam em rúpias.
Dhradhul afirmou que o Butão deseja aumentar gradualmente a contribuição do turismo para 20% de sua economia de US$ 3 bilhões (R$ 14 milhões), em comparação aos atuais 5%. No entanto, ele não mencionou nenhum prazo.
Dhradhul afirmou que mais de 47 mil turistas visitaram o Butão desde janeiro e que o país está no caminho certo para alcançar sua meta “modesta” de receber 86 mil visitantes até o final do ano, em comparação com cerca de 315.600 em 2019, antes da pandemia.