Na primeira participação brasileira no paddleboard da 11 City Tour, a prova de remada mais longa do mundo, a vitória da categoria ficou com Patrick Winkler, morador de Ubatuba (SP). O evento tem um trajeto de 220 km e terminou na última segunda-feira (18), após 5 dias de prova.
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O 11 City Tour na Holanda foi dividido em 5 etapas e após o término foi somado todos os tempos. Patrick Winkler venceu o paddleboard com a marca final de 25 horas, 50 minutos e 28 segundos.
A prova de remada mais longa do mundo
O 11 City Tour simboliza os canais do interior da Holanda, que se cruzam por 11 cidades. No passado, estes canais ficavam congelados no inverno e havia uma prova de patinação muito importante para o continente europeu e para o mundo. Devido ao aquecimento global, os canais não congelam mais e o 11 City Tour também é uma forma de chamar a atenção para questões ambientais.
O evento é destinado para remadores de SUP (stand up paddle) e Paddleboard. No SUP, o Brasil já havia subido no lugar mais alto do pódio, com a veterana Lena Guimarães. No paddleboard (tradicional remada de prancha, utilizando somente os braços), Patrick Winkler veio mostrar a boa fase, crescimento e alta qualidade que a modalidade vem apresentando no Brasil.
“É desafiador pensar em remar mais de 200 km de paddleboard em 5 dias, ainda mais em água flat, mas acredito que o 11 City Tour é uma mistura de condicionamento físico, técnica apurada, força mental e estratégias de nutrição adequada” comentou Winkler.
“Outro desafio é a alternância constante de temperatura, fazendo muito frio e muito calor em apenas 24 horas de diferença”, acrescentou o atleta.
Os segundo e terceiro lugares ficaram com os holandeses Sotiros Bouchlas e Michiel Van Meerndonk, respectivamente.
A prova
Com cinco etapas, todos os dias a prova contava com um “pit stop” de 15 minutos, aproximadamente na metade do percurso. Winkler levava duas garrafas de 750 ml em sua prancha, com suporte adequado, às quais eram milimetricamente suficientes. Ao chegar no pit stop, o atleta recebia um cronômetro com a contagem regressiva de 15 minutos, se alimentando no local (à base de sanduíche, isotônico e refrigerante) e reabastecendo sua garrafa para a metade final da prova.
Durante os 5 dias de prova, o atleta dormiu em um barco onde também ficavam atletas de diversos países. Ao término de cada etapa, o barco já estava ancorado, para acomodar os atletas novamente.