Tóquio 2020: Entre o êxito e a frustração, confira o resumo da madrugada

Italo Ferreira garante a primeira medalha de outo para o Brasil nos Jogos Olímpicos
27.07.2021 - Jogos Olímpicos Tóquio 2020 - Quartas de finais do surfe masculino na praia de Tsurigasaki. Na foto Ítalo Ferreira medalha de ouro na competição. Foto: Jonne Roriz/COB

E ela veio! A primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foi conquistado no surf, em meio a muita expectativa e tensão – como era esperado.

Atual campeão mundial, Italo Ferreira superou o problema de ter a prancha quebrada logo na primeira onda e venceu o japonês Kanoa Igarashi. Italo entrou para a história ao se tornar o primeiro campeão olímpico no surf, categoria estreante nos Jogos Olímpicos.

“Eu vim para o Japão como uma frase: diz amém que o ouro vem. Eu treinei muito nos últimos meses e Deus realizou meu sonho, me deu a oportunidade de fazer o que eu amo, de ajudar minha família. Isso sou eu, fui para a água, sem pressão fazendo o que eu amo”, declarou o agra campeão olímpico.

Gabriel Medina, entretanto, sofreu um revês atrás do outro. Candidato ao ouro olímpico, foi derrotado pelo japonês Kanoa Igarashi na semifinal em um resultado polêmico e muito contestado, que claramente abalou o psicológico do brasileiro – e de milhões de torcedores mundo afora.

Tudo parecia se encaminhar para uma vitória brasileira na disputa quando, a sete minutos do fim, Igarashi arrancou um 9.33 dos juízes, ao completar um bom aéreo, mas que não teria sido muito diferente dos aéreos de Medina, que tiveram o mesmo grau de dificuldade, e teriam garantido a vitória do brasileiro.

Na disputa do bronze, bastante abalado, Medina perdeu para o australiano Owen Wrigth e abandonou de vez o sonho olímpico em Tóquio. “É difícil treinar o ano inteiro e passar por isso.”, declarou.

Ainda no surf, Silvana Lima enfrentou Carissa Moore, líder do ranking mundial, e não teve chances: foi eliminada nas quartas de final, e ficou fora da disputa por medalha. Em uma bateria complicada, Silvana teve dificuldades para pegar boas ondas e aplicar as manobras necessárias para seguir com um sonho de uma medalha olímpica. Já Carissa Moore, quatro vezes campeã mundial, dominou o duelo, levou o ouro e mostrou porque é considerada umas das melhores surfistas da atualidade.

Na Vela, as brasileiras Kahena Kunze e Martine Grael disputaram, nesta terça-feira, em Enoshima, a categoria 49er FX. A dupla velejou em três corridas: na primeira, garantiram o 15º lugar, na segunda, o 5º e, por último, a 3ª posição geral após vencerem a última volta. Kunze e Grael tentam conquistar o bicampeonato da categoria.

Na disputa do mountain bike feminino, a Suíça não deu chances para os concorrentes e dominou o pódio. O ouro ficou com Jolanda Neff, campeã mundial em 2017 e vice em 2019.  Jaqueline Mourão, veterana e única representante do Brasil na prova, não foi bem e terminou a disputa em antepenúltimo, duas voltas atrás da campeã Jolanda Neff.

Foi o pior resultado de Jaqueline em Jogos Olímpicos mas, apesar disso, a brasileira entrou para a seleta lista de atletas com mais participações olímpicas, somando Jogos de Verão e de Inverno representando o Brasil em Olimpíadas, ao lado do velejador Robert Scheidt e da jogadora de futebol Formiga.

No triatlo feminino, Flora Duffy garantiu a primeira medalha de ouro da história de Ilha das Bermudas nos Jogos Olímpicos. Ela fez a prova de triatlo feminino (natação, ciclismo e corrida) em 1:55:36, sendo a primeira a cruzar a linha de chegada. Completam o pódio em Tóquio a britânica Georgia Taylor-Brown (+1:14), com a prata, e a norte-americana Katie Zaferes (+1:27), com o bronze.

Entre as brasileiras na prova, Vittoria Lopes ficou em 28º, cruzando a linha sete minutos e 21 segundos após Duffy e Luisa Baptista ficou em 32º lugar, nove minutos e 56 segundo atrás da campeã.

– Na canoagem Slalom,  a alemã Ricarda Funk conquistou o ouro, tendo a espanhola Maialen Chourrat ao seu lado no pódio, com a prata, e a australiana Jessica Fox com o bronze.

A brasileira Ana Sátila ficou em 13º na semifinal e não avançou à disputa por medalha, que classificou somente as 10 primeiras colocadas na etapa. Embora seja a 13º colocada, com o tempo de 114.62 segundos, a canoísta detém o título de melhor posição de uma brasileira na história da modalidade nos Jogos Olímpicos.







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