Especialistas estudam os tipos de movimentos que ocorrem nos seios até o efeito que a sensação de dor na região tem no desempenho nos esportes.
-
Por que as mulheres dos EUA estão superando os homens na maratona
-
Salomon revela sua primeira mochila de hidratação criada para mulheres
Todos os seios, grandes ou pequenos, são compostos por tecido gorduroso subcutâneo e glândulas mamares — e só. Eles estão presos ao corpo das mulheres pelos chamados ligamentos de Cooper. Estes ligamentos não têm nenhuma função estabilizadora, eles meramente conectam o tecido dos seios aos ossos e músculos da parte de cima do peito. Isso significa que todo o suporte natural dos seios vem da pele. E descobrimos que há um campo científico dedicado ao estudo de como e por que os seios se movem, e como esse movimento afeta a performance atlética de suas donas. É a chamada biomecânica do seio.
O departamento de ciências do esporte e do exercício da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, é o mais avançado centro destas pesquisas no país. A Dra. Joanna Scurr e seu time (que inclui muitos homens) usam tecnologia de ponta de análise de movimento e pesquisas feitas com o público para estudar desde os tipos de movimentos que ocorrem nos seios até o efeito que a sensação de dor na região tem no desempenho atlético e na participação esportiva das mulheres, de maneira geral. Estes são alguns dos dados que eles encontraram:
Seu peito se mexe muito
Um estudo realizado pelo grupo em 2014 dividiu os movimentos que ocorrem nos seios entre vertical e horizontal. Atividades em que você pula muito causam mais movimentos verticais, enquanto atividades que envolvem agilidade tendem a gerar mais deslocamentos laterais. As dezesseis participantes tiveram sensores instalados em seus mamilos direitos e no tronco. A movimentação dos peitos foi calculada durante corrida na esteira sem camisa, saltos e desafios de agilidade.
A dor afugenta mulheres do esporte
Tops esportivos ajudam a controlar o deslocamento dos seios causados por exercícios, mas um estudo publicado em janeiro mostrou que a percepção de conforto oferecido pelos tops era um indicativo mais exato da redução de dor nos seios do que a medição do volume de desconforto apresentado durante a atividade física. O estudo também descobriu que metade das meninas em idade escolar que participaram da pesquisa na Inglaterra evitam a aula de educação física por “vergonha ou dor causada pelos seios”. Uma divisão do grupo de pesquisa pretende desenvolver um programa de “saúde dos seios”, com o objetivo de ensinar meninas e mulheres a escolher melhor seus tops, para aumentar sua participação nos esportes.
Os tops ajudam, mas poderiam ser bem melhores
O mais importante achado do grupo de pesquisa da Universidade é que o tipo de top que você usa, e se ele está corretamente ajustado ao seu corpo ou não, pode mudar o jeito que a mulher corre. Ainda não há estudos que analisam o impacto que o movimento dos seios tem no nível de cansaço durante um esforço prolongado (durante uma maratona, por exemplo), nem em esportes que não envolvam corrida. Mas o grupo já tem vários projetos, para os quais está procurando parceiros comerciais — o que significa que um top bem melhor do que o que você usa agora pode estar a caminho.