De tanto escutar histórias do mecânico Flavio Pereira, da Equipe Caloi Henrique Avancini Racing, Henrique Avancini quis desbravar a subida Guaraná Quente, em Rio Claro (RJ). Localizada nas montanhas que separam os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a região sofria com a falta de energia quando começou a ser utilizada por mountain bikers e praticantes do motocross, há mais de três décadas. Hoje, é um “pico” que está nas rotas de ciclistas e que é destaque na 4ª edição da série Expedições com Henrique Avancini.
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Asfalto, terra batida, terra com pedras, o percurso de muitas subidas e algumas descidas apresenta diversos tipos de terrenos e desafios. Não à toa Guaraná Quente é considerada uma das subidas mais difíceis do Brasil. Colocar força, depois estar “ligado” para andar rápido, são várias mudanças que o corpo precisa se adaptar durante o trajeto, características segundo Avancini típicas de provas de XCM (Maratona).
São diversas as trilhas na região e o percurso escolhido pelo atleta tinha 14,03km com 4,8% de inclinação média. Flávio reside na região, mais precisamente em Arrozal, e sempre que pode corre, ou melhor, pedala pelos caminhos de Guaraná Quente.
“Eu tinha que tirar a prova real depois de tanto ouvir o Flavio falar. Vou admitir que não estava dando crédito que ia ser tão maneiro e o lugar é muito maneiro. Diferente. Toda subida é cheia de variações. A região tem um potencial enorme, fiquei muito surpreso com o lugar. Foi um convite meio enrascada, pois o Flavio deu informações distorcidas, e isso só deixou tudo mais divertido. Deu para ilustrar bem o dia de um atleta de mountain bike, que gosta de aventura, de encarar o desconhecido, de se desafiar”, comentou Avancini.
O nome inusitado da subida vem justamente da época que faltava energia elétrica, quando a região começou a ser desbravada. No alto havia um comércio e lá só servia o refrigerante quente, coisa que ficou no passado. Hoje, a pousada e restaurante Guaraná Quente atende ciclistas de todo o País e com conforto, mas é possível ainda tomar Guaraná quente se o cliente quiser, segundo o proprietário do estabelecimento, Gilson Goulart.
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