Atletas olímpicos russos que não apoiam invasão da Ucrânia podem voltar a competir, diz presidente do COI

O presidente do COI, Thomas Bach, em cúpula no Vaticano. REUTERS/Guglielmo Mangiapane

O Comitê Olímpico Internacional (COI) está considerando o retorno à competição de atletas russos que não apoiarem a invasão da Ucrânia por seu país, afirmou o presidente do COI, Thomas Bach, nesta sexta-feira. As informações são da Reuters e publicadas pela IstoÉ.

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O COI emitiu orientações aos órgãos dirigentes esportivos em fevereiro para remover atletas russos e bielorrussos da competição. A Bielorrússia foi usada como palco para a invasão da Rússia, que Moscou chama de “operação militar especial”.

“Não se trata necessariamente de ter a Rússia de volta. Trata-se de ter atletas com passaporte russo, que não apoiem a guerra, de volta às competições”, disse Bach ao jornal italiano Corriere della Sera.

“Aí vem o nosso dilema – esta guerra não foi iniciada pelos atletas russos. Mas vimos que alguns governos não queriam mais respeitar a autonomia do esporte internacional… É por isso que tivemos que tomar essas medidas de proteção para estar pelo menos um pouco no banco do motorista e não perder toda a autonomia”, afirmou.

“E é por isso que, por outro lado, também temos que ver, estudar, monitorar, como e quando podemos voltar para cumprir nossa missão de ter todo mundo de volta, sob qual formato”, acrescentou Bach.

O alemão enfatizou que a orientação atual sobre os atletas russos ainda está de pé, mas acrescentou que o COI também precisa pensar no futuro. Alguns eventos classificatórios para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 já aconteceram.

“Não há mudanças nas recomendações… Estamos muito gratos às Federações Internacionais que estão seguindo-as”, acrescentou Bach.

“O Movimento Olímpico tem como missão contribuir para a paz, por isso temos que ver como podemos contribuir para a paz.

“Acho que nossa maior contribuição é ter os Jogos Olímpicos, e ter o esporte em geral, como algo que ainda unifica as pessoas e a humanidade.”

(Reportagem de Silvia Recchimuzzi em Gdansk e Karolos Grohmann)

 







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