Atletas são aconselhados a usar celulares descartáveis em Pequim nos Jogos de Inverno

Por Redação

Atletas são aconselhados a usar celulares descartáveis em Pequim nos Jogos de Inverno | Go Outside
Foto: Shutterstock

Alguns Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) que participarão das Olimpíadas de Inverno estão aconselhando os atletas de seu país a usar somente celulares descartáveis na China, devido à preocupação com a segurança cibernética no país. A recomendação é que os participantes não levem os seus próprios aparelhos para os Jogos.

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A empresa de segurança cibernética Internet 2.0 disse na última terça-feira (18) que os atletas, e todas as pessoas que participarem das Olimpíadas de Pequim, devem levar celulares descartáveis ​​e criar contas de e-mail novas para o tempo em que estiverem na China.

Além disso, especialistas alertam que o aplicativo dos Jogos de Inverno de Pequim – que todos os participantes olímpicos devem usar – contém falhas de segurança que deixam os usuários expostos a violações de dados, segundo informações da BBC.

O aplicativo My2022 será usado por atletas, espectadores e mídia para monitoramento diário de Covid. O app também conta com chats de voz, envio de arquivos e notícias olímpicas. O grupo de segurança cibernética Citizen Lab afirma que o aplicativo não fornece criptografia em muitos de seus arquivos – mas a China rejeitou as preocupações.

Todos os participantes dos Jogos devem baixar o aplicativo 14 dias antes de sua partida para a China e usá-lo para registrar diariamente seu status Covid. Estrangeiros precisam enviar informações confidenciais, como detalhes do passaporte e históricos de viagens e médicos.

Censura

O relatório do Citizen Lab informa que o grupo encontrou uma lista de “palavras-chave de censura” incorporada ao aplicativo e um recurso que permite que as pessoas sinalizem outras expressões “politicamente sensíveis”.

A lista incluía os nomes de líderes chineses e agências governamentais, bem como referências ao assassinato de manifestantes pró-democracia em 1989 na Praça Tiananmen e ao grupo religioso Falun Gong, que é proibido na China.

Os analistas observaram que esses recursos e falhas de segurança não são incomuns para aplicativos na China, mas representam um risco para os usuários. Os especialistas também disseram que o arquivo de “palavras ilegais” parecia estar inativo no momento, mas não estava claro.







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