Na madrugada de 23 de maio, às 10:24 no horário nepalês e à 01:39 no horário de Brasília, Aretha Duarte se tornou a primeira mulher negra brasileira e latino-americana a conquistar o Everest, a montanha mais alta do mundo.
A notícia foi postada no Instagram de Aretha: “Nenhum sonho é maior que a nossa capacidade de realizá-lo. Essa conquista é nossa, da Aretha e de cada um de vocês, que acreditou e confiou nesta mulher sem paralelos e em sua jornada de auto-transformação e regeneração socioambiental.”
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O sonho de Aretha se concretizou em uma trajetória de mobilização pública: a guia de montanha de 36 anos da empresa Grade 6 começou a angariar recursos por meio de um projeto de reciclagem. Empresas, pessoas e apoiadores foram aderindo ao projeto e viabilizando a possibilidade dela atacar o cume da montanha mais alta do mundo.
Como guia da Grade 6, ela já havia acumulado currículo de alta montanha que a preparasse para a empreitada: algumas expedições ao argentino Aconcágua (6.962 metros), Pequeno Alpamayo (5.450 metros) e Huayna Potosi (6.088 metros), na Bolívia; avenida dos vulcões no Equador (com cume mais alto de 5.897 metros); Elbrus (5.642 metros), a montanha mais alta da Europa, na Rússia; e Kilimanjaro (5.895 metros), na Tanzânia, o mais alto da África. Além de guiar trekkings em altitude ao próprio Campo Base do Everest e diversas expedições em trilhas e montanhas Brasil afora.
Outros brasileiros também fizeram cume na mesma janela de tempo: o fotógrafo e cinegrafista outdoor Gabriel Tarso, o montanhista Gustavo Ziller, o consultor financeiro Alex Cruz e o montanhista Leonardo Silvério.