Dezenas de alpinistas, incluindo Tsang Yin-Hung, a mulher mais rápida da história a já escalar o Monte Everest, estão impedidos de deixar o Nepal por conta das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
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Com um rápido aumento no número de casos – a taxa diária de infecções positivas no Nepal está em mais de 24%, uma das maiores do mundo no momento – vários países começaram a barrar a entrada de viajantes do local.
Professora de Hong Kong, Tsang, 44 anos, fez história no final do mês de maio ao escalar o Everest a partir do acampamento base em 25 horas e 50 minutos, superando o recorde anterior, que pertencia a nepalesa Phunjo Jhangmu Lama, em mais de 13 horas.
Em depoimento à agência de notícias Reuters, Tsang Yin-Hung disse agora que voltar para casa parece mais difícil do que a escalada do pico de 8.848 metros.
“Acho que a escalada do pico, para mim, era possível e alcançável”, relatou Tsang, que está hospedada em um hotel de Kathmandu. “Mas voltar para casa (parece algo) sem esperança. Não há maneira de voltar”, completou a alpinista.
O Nepal sofreu uma disparada de infecções neste mês de junho, com dezenas de casos sendo reportados, inclusive no campo base do Monte Everest.
Autoridades do país dizem que permitem dois voos semanais da China, mas que estes não estão operacionais. A embaixada chinesa em Kathmandu não respondeu de imediato a um e-mail da Reuters sobre a falta de voos.
“Não há voos (do Nepal) para nenhum lugar da China ou de Hong Kong”, disse Tsang. Alpinistas de outros países já retornaram em voos na sua maioria fretados.