Você já sentiu desconforto durante um voo longo? A sensação de pernas inchadas, dores nas costas ou fadiga extrema são queixas comuns entre passageiros que passam muitas horas a bordo. Como podemos minimizar esses impactos e tornar a viagem mais agradável?
De acordo com a International Air Transport Association (IATA), cerca de 20% dos passageiros relatam algum nível de desconforto significativo em voos acima de seis horas. Estudos apontam que a imobilidade prolongada pode aumentar o risco de trombose venosa profunda, tornando essencial a adoção de hábitos saudáveis durante o voo.
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Uma das estratégias mais eficazes para reduzir o desconforto é manter-se hidratado. O ar da cabine é notoriamente seco, e a baixa umidade pode levar à desidratação, afetando desde a pele até a concentração. Beber água regularmente e evitar excesso de cafeína e álcool contribui para um organismo mais equilibrado.
Movimentar-se durante o voo também é fundamental. Pequenos alongamentos, caminhadas curtas pelo corredor e exercícios simples para os pés ajudam a melhorar a circulação sanguínea e reduzem o risco de inchaço e formigamento nas pernas. Algumas companhias aéreas oferecem vídeos demonstrativos com exercícios que podem ser feitos no próprio assento.
O descanso adequado é outro fator determinante para chegar ao destino com mais disposição. O uso de travesseiros ergonômicos, protetores auriculares e máscaras para os olhos pode melhorar significativamente a qualidade do sono a bordo. Ajustar o relógio para o horário do destino antes mesmo da chegada também auxilia na adaptação ao novo fuso.
Mas será que essas medidas são suficientes para garantir uma viagem confortável? Como cada organismo reage de maneira diferente, é importante adaptar as recomendações às próprias necessidades e preferências. Um estudo publicado no Journal of Travel Medicine revelou que passageiros que seguem uma rotina de movimentação e hidratação adequada durante voos longos relatam uma redução de até 40% nos sintomas de desconforto e fadiga. Esses dados reforçam a importância de pequenas mudanças de hábitos para tornar a experiência mais leve e prazerosa.
Além das estratégias já mencionadas, escolher roupas confortáveis e que permitam boa circulação sanguínea pode fazer a diferença. Peças mais largas, meias de compressão e sapatos sem salto ajudam a evitar incômodos desnecessários.
Outro ponto relevante é a alimentação. Optar por refeições leves e balanceadas, evitando alimentos muito salgados ou gordurosos, pode auxiliar no bem-estar geral durante o voo. Pequenos lanches saudáveis, como frutas secas e oleaginosas, são boas opções para manter a energia sem causar desconforto digestivo.
BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. Na Go Outside fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial