Nos últimos anos, tem-se falado muito sobre treinamento de força física, mas e a força mental?
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Construir força é uma tarefa que abrange tanto o corpo quanto a mente. Aprender a lidar com desafios cognitivos significa aumentar sua capacidade de realizar todos os tipos de coisas difíceis, desde enfrentar a ansiedade até manter-se na posição de prancha. Tudo está interligado.
“Entender a autodisciplina, a perseverança e estratégias para viver de acordo com seus valores são características marcantes da força mental”, diz Amy Morin, psicoterapeuta e autora de 13 Things Mentally Strong People Don’t Do [13 Coisas Que as Pessoas Mentalmente Fortes Não Fazem]. “Trata-se de ser capaz de gerenciar seu comportamento.”
Os benefícios da força mental
Essa fortaleza impacta todos os aspectos do seu mundo interior, desde a lógica até a motivação e a maneira como você sente suas emoções.
“Força mental envolve saber como controlar seus sentimentos”, explica Morin. “Isso significa entender quando abraçá-los, quando mudá-los e o que você pode aprender com eles.” Esse treinamento é sobre reformular a maneira como você processa e responde a pensamentos e emoções, criando um padrão de reação mais útil para você, acrescenta Morin.
Outro benefício de aumentar a força mental é a melhora na concentração. “Há um componente emocional da força mental que exige sabedoria e inteligência emocional, e há o componente de foco”, diz a professora de ioga Jenny Arrington. Ela observa que cada área definitivamente requer prática.
“Mais foco não é apenas útil para realizar tarefas, mas também permite que você tenha controle sobre o holofote da sua atenção”, diz Arrington. “Neste mundo digital, onde somos constantemente distraídos, nossa atenção pode ser sequestrada a cada poucos segundos. Força mental significa não permitir que essas forças externas determinem seus comportamentos ao longo do dia.”
Morin acrescenta que ganhar resistência no seu mundo interior pode ajudá-lo a dar o seu melhor, melhorar seus relacionamentos, fortalecer sua saúde psicológica e encontrar confiança na sua capacidade de lidar com os altos e baixos da vida.
7 exercícios de força mental para aumentar sua resistência
De práticas de mindfulness a se expor propositalmente ao desconforto, esses exercícios de força mental podem tornar sua mente um espaço mais resistente:
1. Nomeie seus sentimentos
Iniciar seu treinamento de força mental pode ser tão simples quanto definir seus sentimentos.
“Pratique nomear suas emoções algumas vezes ao dia e você verá que seu vocabulário emocional aumentará, e você ficará melhor em entender como se sente”, diz Morin. “Quando você consegue dizer: ‘Estou ansioso’ ou ‘Estou triste agora’, você muda a forma como seu cérebro processa a emoção. Você aumenta sua lógica, reduz a emoção e ajuda seu cérebro a fazer sentido do que está acontecendo.”
2. Use a regra dos 10 minutos
Seja qual for o seu objetivo, começar pequeno com o desafio que você se propõe ajuda a preparar sua mente para o sucesso.
“Diga a si mesmo que você só precisa realizar a tarefa por 10 minutos”, diz Morin. “Ao final desses 10 minutos, dê a si mesmo permissão para parar. É provável que você descubra que quer continuar.”
3. Pratique a gratidão
Os benefícios da gratidão são amplamente documentados — e com bons motivos.
“A gratidão capacita você a focar no positivo e reduz a energia que você gasta se preocupando com o negativo”, afirma Morin. Manter uma prática regular de gratidão — seja escrevendo em um diário, aproveitando o momento ou percebendo pequenos momentos de alegria ao longo do dia — pode treinar seu cérebro a buscar o lado bom.
4. Experimente meditação com mantra
Aprender a acalmar sua mente e silenciar o fluxo constante de pensamentos é uma busca para toda a vida, grandemente auxiliada pela meditação com mantras.
Comece adotando um mantra simples, como om, so hum ou hamsa, para dar à sua mente algo com que brincar enquanto você deixa os pensamentos irem e virem com leveza.
“Quando aprendemos a observar e aprender com nossos pensamentos, em vez de sermos puxados em todas as direções por eles, podemos sentir um peso sendo aliviado”, diz Arrington.
5. Respire com um metrônomo
Para um exercício respiratório acessível que foca a mente, Arrington recomenda concentrar-se no tempo de suas inspirações e expirações.
Sente-se próximo a um relógio que marque os segundos ou baixe um aplicativo de metrônomo. “Defina seu cronômetro para 10 minutos e feche os olhos”, diz Arrington. “Conte o tempo da sua inspiração e, seja qual for esse número, desacelere sua expiração para o dobro desse tempo. Se você inspirar por cinco segundos, expire por 10 segundos.” Essa prática desacelera o ritmo cardíaco (e o sistema nervoso) enquanto exige sua atenção em uma tarefa muito específica (e calmante).
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6. Encare o desconforto
Ações aparentemente desconfortáveis — como equilibrar-se na postura da árvore ou mergulhar em água fria — podem atuar como ferramentas para aumentar sua sensação de segurança.
“Faça algo que envie sinais ao seu cérebro dizendo: ‘Faça parar! Estou desconfortável!’ enquanto simultaneamente dobra o tempo da sua expiração”, diz Arrington. O primeiro ativa sua resposta de medo, enquanto o segundo envia sinais ao cérebro dizendo: “Estou seguro. Tudo está bem.” Isso cria uma nova conexão neural que torna aceitável para você sentir-se desconfortável”, ela explica.
7. Seja vulnerável
Você (espero) já sabe que sua vulnerabilidade é uma força, não uma fraqueza.
Morin observa que pedir ajuda e permitir-se desistir quando necessário são práticas que demonstram coragem e promovem resiliência.
“É mentalmente difícil ter a força de realmente sentir a dor de alguém te machucando, cuidar disso, aprender com isso e agir”, concorda Arrington. “Isso pode significar estabelecer limites ou terminar um relacionamento.” Também pode significar abrir-se para conversas difíceis, mas essenciais, e enfrentar a possibilidade de dor. Permitir-se permanecer sensível é uma das coisas mais fortes que você pode fazer.