Como o ritmo da respiração molda o nosso cérebro

Por Redação

Como o ritmo da respiração molda o nosso cérebro
Foto: Shutterstock

Seja para diminuir o estresse e a ansiedade ou promover o relaxamento, o fato é que, nos últimos anos, as técnicas de respiração estão cada vez mais populares por desenvolverem um papel fundamental na regulação do funcionamento do sistema nervoso e do cérebro. Não à toa, vários pesquisadores começaram a descobrir alguns dos mecanismos neurais ocultos na respiração e os muitos efeitos do ato de respirar no corpo e na mente.

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No mais recente deles, cientistas da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, perceberam que, quando realizamos tarefas do dia a dia, os ritmos cerebrais estão intimamente ligados ao ritmo da nossa respiração.

O estudo, publicado pela American Psychological Association, esclarece como o cérebro torna possível essa sincronização. Isso sugere que existem vias no cérebro que controlam a interação entre a respiração e a atividade cerebral. Também propõe que nosso padrão de respiração torna o cérebro mais “excitável”, o que significa que os neurônios têm maior probabilidade de disparar durante determinados períodos de respiração.

Segundo a especialista em comportamento humano e desenvolvimento pessoal, Gisele Hedler, é essencial fazer pausas durante o dia e praticar a respiração profunda e consciente. “Essa técnica vai ajudar a aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro e, consequentemente, nos ajudar a ter um dia mais leve”, explica.

A respiração fornece oxigênio ao corpo todo, inclusive para o centro de operações do nosso corpo. “O cérebro é um órgão superativo metabolicamente e requer constante de oxigênio para o seu pleno funcionamento. Além disso, a falta de oxigênio por causa de uma respiração inadequada ou restrita pode levar à hipóxia, ou seja, a má oxigenação do cérebro, causando tonturas, confusão, e até mesmo danos cerebrais a longo prazo”, diz Gisele.

A especialista explica também que a respiração consciente e profunda pode ajudar a regular essa resposta ao estresse, acalmando o sistema nervoso e reduzindo a ansiedade. “Quando uma pessoa está sob estresse, a respiração tende a ficar mais rápida e superficial. Isso pode ativar a resposta de ‘luta ou fuga’ do corpo, que envolve a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol”.

Respiração para acalmar

Gisele recomenda a prática de técnicas de respiração consciente, como a meditação mindfulness para ajudar a melhorar a concentração e o foco. Isso porque, de acordo com a especialista, a respiração lenta pode ajudar a reduzir a ansiedade e promover uma sensação de calma.

Ela ensina uma respiração que ajuda a alinhar a mente e o corpo para quem está sem energia, deprimido ou com ansiedade. Faça a respiração antes mesmo de sair da cama, sentado ou deitado.

“São 30 respirações rápidas, puxando o ar pela barriga, sentindo-o correr pelo peito até chegar na cabeça, sendo que na 30ª respiração, é preciso soltar o ar e segurar o máximo que conseguir. Quando estiver no seu limite, puxe o ar profundamente e segure por mais 15 segundos. Esse ciclo precisa ser repetido três vezes”, ensina a profissional. Ao terminar essa série de exercícios, Gisele pontua que é normal sentir um pouco de tontura ou formigamento, mas é normal e apenas uma resposta do corpo dizendo que está vivo.







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