As Olimpíadas sempre foram um símbolo de excelência atlética e espírito competitivo global. Este ano, o evento histórico se reinventa com a introdução de novas tecnologias de Inteligência Artificial (IA) que aprimoram o desempenho dos atletas e elevam os padrões de segurança nas competições.
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Com utilização desde os jogos olímpicos de Tóquio, em 2021, é nessa edição que o uso de dispositivos AloT (Integração de Inteligência Artificial e Internet das Coisas) ganhou força no monitoramento da saúde dos esportistas em tempo real. É o caso de equipamentos como botas e coletes inteligentes com sensores que regulam a temperatura corporal e oferecem massagens em áreas propensas a contusões, garantindo condições físicas ideais durante as competições, otimizando o desempenho e reduzindo o risco de lesões.
De acordo com informações da ABC News, o COI (Comitê Olímpico Internacional) também já está trabalhando para explorar potenciais atletas do futuro em locais que contam com menos visibilidade e investimento. A partir de uma parceria firmada, a inteligência artificial foi utilizada para analisar a capacidade atlética de cerca de mil crianças que vivem em cinco aldeias no Senegal, África. O resultado foi a identificação de 40 atletas “realmente promissores”. Além de avaliar as valências físicas, a IA usou um algoritmo para recomendar em quais esportes as crianças poderiam se destacar no futuro. Essa iniciativa ajuda a democratizar o acesso ao esporte, e também pode abrir portas para talentos ao redor do mundo, assim como incentivar os jovens a terem um propósito.
Segundo uma pesquisa realizada pela Allianz Research, os juízes agora contam com o Sistema de Apoio ao Julgamento (JSS), uma plataforma de IA que analisa de perto todos os movimentos tridimensionais dos competidores para garantir um resultado mais justo e preciso. Essa tecnologia avançada elimina a subjetividade nas avaliações, assegurando que cada performance seja avaliada com imparcialidade e de maneira assertiva, elevando o padrão de competição nas Olimpíadas.
“O uso crescente da Inteligência Artificial nas Olimpíadas representa um avanço significativo para o esporte global. Estamos testemunhando uma transformação que não apenas aprimora a performance dos atletas, mas também promove a inclusão e a equidade no acesso ao esporte e de maneira justa”, analisa Andrey Abreu, Diretor Corporativo de Tecnologia da MV, empresa especializada na transformação digital da saúde.
À medida que as Olimpíadas abraçam a era digital, a presença da Inteligência Artificial se torna um agente de mudanças. Desde o monitoramento avançado da saúde até a identificação de talentos promissores e a melhoria dos processos de julgamento, a IA redefine os limites do desempenho humano no esporte.
“A IA não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas uma aliada no caminho para um futuro mais eficiente e essencial ao aprimoramento do setor de saúde. Entre múltiplos usos e aplicações, a tecnologia tem potencial para empoderar indivíduos para o autocuidado enquanto dá mais tempo a profissionais para praticarem uma medicina humanizada, facilitando a tomada de decisão do médico, como a análise de imagens e de eficiência para novos medicamentos, além de recomendações terapêuticas”, completa o especialista da MV.