O seu guia para a maratona aquática em Paris 2024

Por Redação

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Ana Marcela Cunha é a grande aposta do Brasil para o ouro na maratona aquática, que vai acontecer no Rio Sena. Foto: COB.

Nas três primeiras edições dos Jogos Olímpicos modernos, todas as provas de natação aconteceram em águas abertas antes da inclusão das piscinas nos Jogos de 1908.

A maratona aquática reapareceu em 1991, quando a disciplina foi oficialmente introduzida no Campeonato Mundial de Natação da FINA (atualmente conhecido como Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos).

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Na época, as provas eram realizadas em distâncias de 25 km e levavam mais de cinco horas para serem concluídas.

Introduzida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nos Jogos de Pequim 2008, a maratona aquática olímpica atualmente é disputada em um percurso de 10 km e leva em média duas horas para ser concluída.

Como funciona

A prova olímpica é realizada da seguinte forma: 25 atletas mergulham simultaneamente na água a partir de uma plataforma fixa usada para a largada. A posição de cada atleta na plataforma é definida por sorteio.

Durante o percurso, os nadadores seguem uma rota delimitada por boias até a linha de chegada. O competidor que tocar a placa suspensa na linha de chegada primeiro, no menor tempo, é o vencedor. O tempo da prova é cronometrado por meio de chips presos nos pulsos dos atletas.

Principais regras

Prova de maratona aquática em Tóquio 2020. Foto: Jonne Roriz/COB

As regras da maratona aquática são estabelecidas pela World Aquatics. Veja algumas delas:

Equipamentos: os nadadores devem usar trajes de banho aprovados pela WA. É permitido o uso de óculos, toucas e roupas isotérmicas de neoprene, item obrigatório caso a água esteja com 18 graus ou menos de temperatura.

Segurança: a presença de barcos de apoio está prevista nas regras estipuladas pela entidade. Esses barcos fornecem assistência em caso de emergência.

Alimentação e Hidratação: durante a prova, os atletas podem receber alimentos e líquidos de seus treinadores que estão nos barcos de apoio. É comum o uso de bastões para entregar os suprimentos sem que os nadadores precisem parar.

Desqualificação: o contato físico intencional que visa prejudicar outros competidores pode resultar em desqualificação. Caso complete a prova sem o chip que marca o tempo preso ao pulso, o atleta é desclassificado. Caminhar ou saltar na água ao invés de nadar também rende punição.

Temperatura da Água: a WA determina que a temperatura mínima da água seja de 16 graus e a máxima não ultrapasse 31 graus. Caso a temperatura esteja acima ou abaixo do estipulado, a prova é cancelada.

Percurso: o percurso deve ser claramente marcado e a distância oficial precisa ser cumprida rigorosamente.

No coração de Paris, Ponte Alexandre III será a sede da maratona aquática.

Brasil em Paris

Presente nos Jogos Olímpicos desde 2008 em Pequim, a maratona aquática já trouxe para o Brasil o ouro em Tóquio 2020 com Ana Marcela Cunha e o bronze na Rio 2016 com Poliana Okimoto.

Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut serão as representantes femininas do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024. No masculino, o país terá em ação Guilherme Costa.

A prova acontece em dois dias: 8 (feminino) e 9 (masculino) de agosto, às 2h30 da manhã (de Brasília).

A disputa terá seu início no rio Sena e passará pela Ponte Alexandre III, localizada entre o Grand Palais e o Les Invalides.

Ao todo serão 44 atletas em disputa, 22 no feminino e 22 no masculino.

Veja a programação:

8 de agosto, quinta-feira

2h30 horas (de Brasília) – 10km – Feminino

9 de agosto, sexta-feira

2h30 horas (de Brasília) – 10km – Masculino