O ciclista norte-americano Marshall Walter “Major” Taylor (1878-1932) pode ser considerado a primeira superestrela negra do esporte mundial.
Major teve uma carreira meteórica e se tornou o ciclista mais rápido do mundo, apesar do racismo pesado que enfrentou.
Em 1896, ele chegou ser expulso das competições em Indiana, onde nasceu, por obter mais vitórias que os ciclistas brancos.
Na dura era Jim Crow de segregação racial nos EUA, Major Taylor conseguiu ser campeão mundial em 1899, campeão norte-americano de sprint em 1900 e estabeleceu vários recordes no ciclismo de pista.
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Apelidado de “Major” em sua juventude em Indianapolis e mais tarde conhecido como “o Furacão de Worcester”, ele foi o segundo campeão mundial afro-americano em qualquer esporte (depois do boxeador peso-galo George Dixon, que ganhou seu título em 1891).
Mas durante sua trajetória Taylor teve que lutar contra o preconceito apenas para conseguir seu lugar na linha de partida, enfrentando portas fechadas e hostilidade com uma notável dignidade.
Em sua aposentadoria, escreveu a autobiografia “The Fastest Bicycle Rider in the World”. (O Ciclista Mais Rápido do Mundo, em tradução livre), onde disse: “A vida é curta demais para um homem ter amargura em seu coração.”
Novo documentário nos EUA
Um novo documentário nos EUA contará algumas sagas não reveladas de Major Taylor, que acabou morrendo sozinho e esquecido.
O filme, produzido pela WTIU Public Television de Indianapolis, explora a vida e o legado do campeão das pistas e também como ativista dos direitos civis.
Taylor não só quebrou mais de 20 recordes mundiais durante sua carreira no ciclismo, mas também trabalhou fora do esporte como um pioneiro que lutou por maiores oportunidades sociais para os negros em uma América totalmente segregada.
Seu talento no ciclismo — o esporte mais popular e lucrativo da época — foi celebrado por publicações em todo o mundo na época e por figuras notáveis como Booker T. Washington e Theodore Roosevelt.
Até hoje a história de Major Taylor continua a inspirar pessoas ao redor do mundo. Existem associações com clubes nos EUA, França, Quênia, Reino Unido e Taiwan.
A partir do dia 26 de fevereiro, o documentário completo estará disponível aqui.