Quem visitou o Parque Estadual do Jaraguá (SP) nas últimas semanas notou que a Trilha do Silêncio tem ganhado uma nova infraestrutura.
Isso porque foram iniciadas no último mês de abril as obras do projeto de reestruturação de trilhas em 27 Unidades de Conservação geridas pela Fundação Florestal.
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Ao todo, serão mais de 160 quilômetros de caminhos e atrativos revitalizados, incluindo melhorias em degraus e corrimãos de madeira, decks, mirantes, áreas de descanso, torres de observação de aves, pontes pênseis, clareamento, regularização de piso e traçado, contenção de encostas, além de placas de comunicação.
Para este ano, o cronograma contempla a conclusão de grande parte das obras, como as trilhas Pai Zé, além da Trilha do Silêncio, no Parque Estadual do Jaraguá, da Saúde e dos 9 Km na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena) e a da Cachoeira Lagoa Azul no Núcleo Itutinga Pilões do Parque Estadual da Serra do Mar. O projeto está previsto para ser concluído em julho de 2023.
Os atrativos que participaram do projeto foram indicados em conjunto com gestores, gerentes, diretores regionais e Diretoria Executiva. A relação também foi submetida a um processo de Consulta Pública, em que a sociedade pôde opinar sobre a escolha das trilhas que deveriam ser contempladas.
Esta etapa foi finalizada em julho do ano passado para que na sequência fosse feito o levantamento de campo para mapear as necessidades estruturais de cada trilha, resultando numa matriz de intervenção contendo 1.800 pontos de intervenção, distribuídos em 54 trilhas.
Foi feito, ainda, edital de licitação, ao qual duas empresas foram contempladas em nove lotes e cada um deles possui um gestor de contrato, designado pela Fundação Florestal para acompanhar as atividades, com o objetivo de garantir que as condições estabelecidas nos termos de referência e demais documentos que balizam o projeto.
“As trilhas são o principal meio de contato entre a sociedade e as Unidades de Conservação. A revitalização delas aumenta o conforto da visitação, além de possibilitar o acesso pelas pessoas com dificuldade de locomoção. É por meio delas, também, que o caminho da Educação Ambiental é possível e a implantação de estruturas de apoio nestes locais é fundamental, não só para o aumento da visitação, como para maior efetividade das atividades interpretativas realizadas em ambiente natural”, explica Daniel Raimondo, gestor da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) São Sebastião e assessor do Núcleo de Negócios e Parcerias da FF.