Praia da Ilha Grande desaparece após deslizamento; temporal provoca 18 mortes no estado do RJ

Por Hardcore

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O antes e depois da praia de Ituaguaçu, na Ilha Grande - Foto: reprodução

O temporal que atingiu a região da Costa Verde, litoral sul do RJ, provocou deslizamentos e pelo menos 18 mortes em todo o estado no último fim de semana. Desse número, dez foram em Angra dos Reis. A Ilha Grande também foi completamente castigada pela chuva e quatro pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o G1.

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A paradisíaca praia de Itaguaçu, também na Ilha Grande, foi completamente soterrada por conta das chuvas no último sábado (2). “Inacreditável, bicho! Não é possível cara!”, foi o que disse um homem após presenciar a triste situação. “Não tenho palavras para explicar”, completou a testemunha. As imagens do antes e depois do lugar são impressionantes.

Um grande deslizamento deslizamento de terra por conta do temporal, foi a razão da destruição total da praia. A população ficou desolada, conforme demonstram comentários nas redes sociais. Fotos feitas antes do desmoronamento mostram que a praia abrigava algumas poucas casas, que foram totalmente destruídas.

Pior chuva da história

Segundo a prefeitura de Angra dos Reis, essa foi a pior chuva da história da cidade. Foram quase 700 milímetros no continente e mais 800 na Ilha Grande.

Na cidade, o bairro mais afetado foi a Monsuaba, que também foi vítima de um grande deslizamento de terras, que deixou pelo menos 10 mortos. Equipes de resgates ainda trabalham nas buscas de desaparecidos.

Segundo o Diário do Vale, na próxima semana, a Prefeitura irá apresentar ao Estado o projeto para a construção de moradias em um terreno do município de Angra dos Reis, na Monsuaba. O intuito é realocar famílias que vivem em áreas de risco. As obras serão custeadas pelo Estado e pela União.

Até que sejam realocadas, as famílias irão receber aluguel social, que será pago em parceria pelos governos municipal e estadual.

Além das 10 vítimas do temporal confirmadas em Angra dos Reis (RJ), Paraty também registrou sete óbitos. Uma mulher foi soterrada junto com seus seis filhos, com idades entre 2 e 17 anos, na comunidade tradicional caiçara da praia da Ponta Negra. Apenas um filho, de doze anos, foi resgatado com vida, mas encontra-se em estado gravíssimo no Hospital Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.