Você já deve ter visto alguém correndo na rua em uma velocidade mais lenta, como se estivesse trotando. Esse é o jogging, que muitas vezes é chamado erroneamente de cooper.
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O cooper, na verdade, foi um método criado na década de 1960 por Kenneth Cooper para medir a capacidade física de atletas amadores. O chamado teste Cooper consiste em uma corrida de 12 minutos, em que se mede o consumo máximo de oxigênio pelo corpo (VO2max) para estabelecer parâmetros de condicionamento.
Naquela época, cooper passou a ser sinônimo de corrida de rua e Kenneth Cooper ficou famoso por promover esse exercício como forma de cuidado com a saúde.
Jogging é o termo correto para classificar o tipo de corrida que é feito de forma mais lenta. Nessa modalidade, a prática é mais cadenciada, devagar e confortável, explica Marcos Junior, educador físico com especialização em Fisiologia do Exercício e criador do grupo Correr e se Divertir.
“Também podemos chamar esse tipo de exercício de trote. Nesse ritmo, o praticante não deve ficar extenuado, extremamente cansado. O objetivo aqui é o famoso “devagar se vai ao longe” para manter o ritmo contínuo da atividade”, completa.
Nessa modalidade, Marcos Junior não define uma velocidade. “Eu prefiro utilizar o método de percepção subjetiva do esforço. Dessa forma, cada aluno consegue sentir o ritmo em que está, se fica extremamente ofegante ou se, mesmo correndo, consegue respirar naturalmente e até falar”, explica.
No entanto, alguns profissionais consideram o jogging a corrida feita até a velocidade média de 9,7km por hora, ou 6,2 min/km.
Jogging é para quem?
O profissional explica que o jogging é um excelente recurso para os corredores iniciantes, que ainda não conseguem executar corretamente as técnicas da corrida ou que ainda não tem o fôlego e a força necessários para aumentar os níveis de velocidade.
“Particularmente, com os meus alunos eu gosto de aplicar essa técnica para que eles possam realizar as variações entre caminhada, marcha e trote. Além disso, o jogging contribui para promover a melhoria no condicionamento cardiorrespiratório”, diz.
E diferente do que muitas pessoas falam, o jogging não é “corrida de velho”. Segundo o educador físico, a modalidade é indicada para todos os níveis de corredores.
“Para os iniciantes, a prática faz parte do processo de aprendizagem, de conhecer o que é a corrida. Já para quem está em níveis mais avançados, o jogging pode ser utilizado em treinos intercalados ou em treinos regenerativos, que acontecem em seguida de treinos fortes ou de alguma prova.”
“Essa prática é fundamental para qualquer corredor”, completa o profissional.