A Marinha divulgou nesta segunda-feira (9) o resultado do concurso realizado para selecionar o projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil. A proposta vencedora foi elaborada por uma equipe de São Paulo, liderada pelo arquiteto Rodrigo Quintella Messina.
O Museu Marítimo do Brasil será construído no Espaço Cultural da Marinha, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, próximo à Praça XV. Ele será voltado para promover o conhecimento sobre a história marítima que está intrinsecamente ligada à formação do país. A estrutura contará ainda com um auditório, um restaurante e uma cafeteria.
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“O projeto apresenta uma composição formal simples e, ao mesmo tempo, potente. Ao longo do píer, o edifício que contém exposições e acervos é horizontal, permitindo a visada para a baía. Em terra, o edifício de acesso e atividades educativas coloca-se atento às proporções dos edifícios do entorno”, diz o documento.
Quando anunciou o concurso, a Marinha afirmou que o museu tinha, como uma de suas finalidades conceituais, o respeito ao mar e aos rios como instâncias culturais, simbólicas e míticas, na convergência de uma sociedade marítima brasileira que carrega diversas origens.
A proposta da Marinha é que o museu ofereça uma experiência que realce aspectos relevantes da história e da formação da vocação marítima nacional. A região onde ele será construído abrigava, no século 19, a Doca da Alfândega. Com 14 armazéns, ela podia receber inúmeras embarcações, embora não tivesse profundidade para o encostamento de navios de grande porte.
O Museu Marítimo do Brasil será um equipamento cultural construído dentro do processo de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. Ele ficará próximo ao Museu de Arte do Rio (MAR), inaugurado em 2013, e ao Museu do Amanhã, que abriu as portas em 2015.
Sua localização também permite o diálogo com outros espaços do complexo cultural existente na região central da capital fluminense, como o Museu Histórico Nacional, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e a Casa França-Brasil.
A revitalização da zona portuária é uma demanda histórica de alguns setores da sociedade carioca, mas foi impulsionada no processo de preparação da cidade para receber os Jogos Olímpicos de 2016. Um dos principais marcos foi a implosão da Perimetral, um extenso viaduto construído em etapas entre as décadas de 1950 e de 1970, alterando significativamente a paisagem urbana.