Contrariando a opinião pública, as entidades médicas e algumas das administrações públicas locais, os organizadores mantêm de pé o objetivo de evitar o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio e realizar a edição, a partir de 23 de julho. Para isso, apresentaram um plano de ação que incluiu distribuição de material informativo oficial, regras de saúde e higiene específicas, e de controle do fluxo de pessoas enquanto durar a competição.
O principal argumento é o de que um novo adiamento ou, ainda pior, cancelamento dos Jogos Olímpicos, será extremamente prejudicial para a reputação do evento, que deveria ter acontecido um ano atrás. Em 2021, a expectativa é que a edição Olímpica ocorra entre 23 de julho e 8 de agosto. As Paralimpíadas acontecem na sequência, de 24 de agosto a 5 de setembro.
Neste momento, o destaque fica por conta das medidas rígidas de saúde e segurança que estão sendo implementadas. Em abril, os organizadores lançaram a segunda versão de um manual delineando uma série de protocolos para Covid-19. Esse material, acreditam, vai permitir que os Jogos sejam realizados levando em consideração a evolução da doença no Japão e em todo o mundo.
O documento destaca as responsabilidades individuais e detalha procedimentos de testagem – todos os participantes devem ser testados duas vezes antes de entrar no Japão, e todos os dias após chegarem ao país. Se um atleta receber positivo ele será isolado e não terá permissão para competir. Há possibilidade de contra-prova.
Também será mandatório aos atletas realizar rastreamento de contato e enviar relatórios de saúde via aplicativo, enquanto estiverem no Japão. Além disso, esportistas e oficiais foram orientados a usar máscara em todos os momentos – exceto ao comer, beber, dormir, treinar ou competir, de acordo com o manual – e foram aconselhados a manter a interação física ao mínimo.
Com relação à utilização de transporte, a recomendação é de que seja privilegiado o uso de veículos dedicados aos Jogos em vez de transporte público, e evitar viagens, visitas a áreas turísticas, lojas, restaurantes, bares ou academias.
Ao final dos Jogos, os atletas serão instruídos a deixar o Japão dentro de 48 horas. Uma versão final do manual, fornecendo ainda mais detalhes sobre como o evento vai funcionar, é esperada para junho.