A documentarista Fernanda Ligabue, de 34 anos, registrou o seu mergulho com tubarões no Oceano Índico no dia 16 de abril. Ela mergulhou com outras pessoas da equipe a bordo do Arctic Sunrise, um dos três navios do Greenpeace que cruzam o mundo fazendo campanhas da ONG.
Fernanda, que trabalha com o Greenpeace desde 2013, mergulhou na região do Saya de Malha, o maior banco oceânico do mundo, topo de uma montanha submersa rica em biodiversidade.
A documentarista contou ao UOL que pulou na água quando a equipe encontrou armadilhas de pesca depois de quatro dias de vigília. Isso porque o navio está na região para denunciar os pesqueiros industriais e as armadilhas usadas por eles.
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O Arctic Sunrise também está nessa região do Oceano Índico para trazer atenção para o Saya de Malha, banco que o Greenpeace garante ser capaz de armazenar o dobro de carbono do que a mesma área de floresta tropical.
A embarcação usada pela ONG é um quebra-gelo holândes de 1975, de 949 toneladas e quase 50 metros de comprimento. Ele foi comprado pelo Greenpeace 20 anos depois de ser construído. A embarcação carrega 27 tripulantes de 22 países.
Esse é o mesmo navio que, em 2013, foi atacado por um helicóptero russo quando a ONG protestava contra a exploração do petróleo no Ártico.
O mergulho com tubarões
A equipe mergulhou e foi atrás do fad, aparelho que serve como armadilha para os peixes. Ele é um equipamento simples que atrai pequenos animais e vegetais e depois, por consequência, atrai peixes mais valorizados pelo mercado, como o atum. A equipe da ONG recolheu e destruiu o aparelho.
Durante a missão, Fernanda filmou um tubarão a 20 metros de profundidade e uma diversidade enorme de peixes nas águas cristalinas do Índico. A documentarista disse ao UOL que o mergulho parecia “magia mesmo”.