A Assembleia Nacional da França aprovou uma medida que proíbe voos domésticos curtos, com menos de duas horas e meia de duração, caso a mesma rota possa ser feita por trens.
A medida foi anunciada como um esforço para diminuir a pegada de carbono de voos sem necessidade -a França tem uma boa malha ferroviária, com trens de alta velocidade entre as grandes metrópoles- e faz parte de um pacote exigido pelo presidente Emmanuel Macron para tornar o país mais sustentável.
Ambientalistas e membros do tradicional Partido Verde, no entanto, não ficaram satisfeitos, já que exigiam uma proibição para voos de até quatro horas, o que atingiria rotas muito usadas no país, como Paris-Marselha.
Na direção oposta, os sindicatos alegam que o custo humano com possíveis demissões não será proporcional ao benefício e exigiam que a medida fosse revista e aumentada para voos de quatro horas.
Ainda que entre polêmicas sobre a nova política e seus efeitos práticos, a expectativa de especialistas é que ela se expanda para países que têm infraestrutura suficiente para criar alternativas ao transporte aéreo, como Inglaterra, Holanda e Alemanha.