Setembro foi o mais quente já registrado em todo o mundo, de acordo com centro de pesquisas global Copernicus Climate Change (C3S).

Em 2020, o mês passado esteve 0,05 graus Celsius mais quente do que setembro de 2019, que por sua vez que detinha o recorde até agora.

Os cientistas dizem que é uma indicação clara de que as temperaturas aumentam pelas emissões da sociedade humana. O ano de 2020 pode se tornar o ano mais quente já registrado por cientistas, superando o patamar de 2016.

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Copernicus, que é o programa de observação da Terra da União Europeia, disse que o calor no Ártico Siberiano continua muito acima da média.

E confirmou que o gelo marinho do Ártico está em sua segunda menor extensão desde que os registros de satélite começaram.

Este ano também está projetado para se tornar o mais quente já registrado para a Europa, mesmo que as temperaturas baixem um pouco a partir de agora.

O calor elevado globalmente contribuiu para o registro de incêndios florestais na Califórnia e na Austrália. No Brasil, também provocou estragos no Centro-Oeste e em São Paulo.

“O clima e o tempo são altamente variáveis. Mas previmos que esse tipo de evento aconteceria, devido ao nosso efeito sobre o clima”, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus à BBC News.

Os registros meteorológicos estão sempre sendo quebrados naturalmente, mas os meteorologistas dizem que estão preocupados por alguns dos novos extremos.

Cientistas da Copernicus estimaram no mês passado que as emissões de CO2 dos incêndios no Círculo Polar Ártico aumentaram em mais de um terço em comparação com 2019, com 244 megatons de carbono produzidos de 1º de janeiro a 31 de agosto de 2020. Em comparação, 181 megatons de carbono foram produzidos durante todo o ano de 2019.