Se tem um assunto que mexe com a imaginação de wanderlusters é a casa por 1 euro na Itália ou a Espanha. Elas são reais: muitas cidades no interior destes países realmente têm programas de revitalização baseados nessa praticamente “doação” simbólica. No sul da Itália, a cidadezinha de Cinquefrondi está se aproveitando do fato de não ter tido nenhum caso de coronavírus durante o auge da pandemia para atrair potenciais moradores.
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O prefeito de Cinquefrondi, Michele Conia, deu até um nome para a missão de repopular a cidade: “Operação Beleza”. Faz sentido: como muitas vilas espalhadas pela Bota, Cinquefrondi tem aquele ar decadente e encantador ao mesmo tempo. A mistura de uma arquitetura belíssima, uma paisagem deslumbrante e um certo abandono são muito atraentes. E com investimento de novos moradores na sonhada casa por 1 euro na Itália, partes mais “caídas” da cidade poderiam renascer.
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Perto do parque nacional Aspromonte e do mar Jônico e Tirreno, beleza é uma vocação local. Cinquefrondi teve zero casos de coronavírus entre seus residentes, numa região que como um todo teve poucos contágios. A cidade tem cerca de 6,5 mil habitantes.
Como em outras cidades que oferecem casa por 1 euro, Cinquefrondi pede algumas garantias. Em outros lugares, o novo proprietário deve deixar uma caução de 5 mil euros, para caso não consiga reformar a casa em 3 anos. Lá, basta pagar um seguro de 250 euros por ano até o fim da reforma. Mas caso não completem a reforma em 3 anos, a multa é de 20 mil euros. Em outras cidades, geralmente os novos proprietários terminam a reforma em um ou dois anos.
Está pensando em se candidatar? As casas disponíveis são no centro, e tem entre 40 e 50 metros quadrados. Com raízes na civilização grega e bizantina, há ruínas arqueológicas na região, como restos de fortalezas gregas, estradas ancestrais, monastérios destruídos e templos pagãos.
Como parte dos esforços para modernizar a região, a cidade recebeu investimentos na revitalização de estradas, praças, fontes e parques públicos. Um bairro tem acolhido uma vida cultural mais agitada, com eventos culturais e festas.
Há cerca de uma dúzia de casas disponíveis, mas com pelo menos cinquenta casas abandonadas, o prefeito pode ampliar o programa desapropriando-as.