Se você gosta de observar o espaço, prepare-se para o astro verde: o cometa Swan e sua cauda de mais de 17 milhões de quilômetros está visível da Terra. E a olho nu, apenas olhando para o céu. De acordo com astrônomos, a bola de gelo está ficando cada vez mais brilhante ao se aproximar do Sol. O cometa já passou pela Terra e será melhor observado no hemisfério sul do planeta.
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O cometa foi descoberto em abril pelo astrônomo Michael Mattiazzo. O nome oficial é C / 2020 F8; mas o cometa é conhecido como Swan porque foi observado com o Solar Wind Anisotropies (Swan), instrumento que faz parte do satélite de observação Soho, operado pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia.
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O Swan é o 3.932º cometa descoberto pelo satélite SOHO. É, também, o 12º cometa descoberto com o uso do instrumento SWAN desde 1995, ano de seu lançamento.
É claro que ajuda muito usar binóculos ou um pequeno telescópio para observar com mais clareza. Atualmente, o cometa Swan tem magnitude de 5,4, o que não o deixa muito visível. Até o final de maio, ele pode chegar a magnitude a 3. Quanto menor o número na escala, mais brilhante o objeto.
O diretor dos planetários do parque do Ibirapuera e do Carmo João Eduardo Fonseca afirmou que o horário ideal de observação será no final da madrugada um pouco antes do nascer do Sol. “Para ver o Swan, é necessário estar em um local bem escuro, porque o astro tem pouca luminosidade em volta dele”, disse.
O Swan está a aproximadamente 85 milhões de quilômetros de distância da Terra, segundo o jornal Daily Mail. O cometa feito de gelo e poeira com tonalidades verdes passa pela parte interna do sistema solar uma vez a cada 11.597 anos. Ele se torna mais visível à medida em que perde matéria e se aquece em direção ao Sol, refletindo luz. O ponto mais próximo do sol será 27 de maio, uma “zona de perigo” para o cometa, pela possibilidade de aquecimento solar. Ele poderá ser visto até junho.