Dois homens brancos, Gregory e Travis McMichael, pai e filho, mataram um homem negro a tiros, Ahmad Arbery, de 25 anos, porque o confundiram com um ladrão. O crime aconteceu em Brunswick, na Geórgia, nos Estados Unidos. Ahmad estava correndo pelas ruas do bairro quando foi parado pela dupla que estava em busca do assaltante com base apenas nas imagens da câmera de segurança da residência que foi roubada.
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A morte de Ahmad Arbery foi registrada em vídeo por uma testemunha, e o vídeo circulou nas redes sociais esta semana. Wanda Jones, mãe de Ahmad, diz que o vídeo não deixa dúvidas do que aconteceu. “Meu filho estava praticando sua corrida diária e foi caçado como um animal”. Ahmad foi morto em 23 de fevereiro. Quase três meses depois, ninguém foi preso ou acusado no caso, provocando protestos da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor local – a organização é uma das mais antigas e mais influentes instituições a favor dos direitos civis de uma minoria nos Estados Unidos.
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O vídeo nas mídias sociais no mesmo dia em que o promotor da Geórgia Tom Durden anunciou que o caso será levado a júri popular. É o terceiro promotor envolvido no caso, devido a conflito de interesses – Gregory é ex-oficial da polícia e e tanto ele quando o filho já trabalharam com os dois promotores anteriores do caso. Com a divulgação do vídeo, o candidato democrata Joe Biden pediu justiça para a família de Ahmad Arbery.
Aém de não estar armado, Ahmad Arbery não era suspeito de nenhuma violação e furto em casas. Ele era ex-atleta da equipe de futebol americano da escola e gostava de estar ativo, praticando corrida.
Segundo o site Metro, Gregory disse à polícia que eles perseguiram o homem correndo e pararam ao lado dele, ordenando que ele “parasse para conversar”. O filho saiu da caminhonete com uma espingarda na mão. Ahmad tentou se defender e os dois lutaram pela arma, mas o Ahmad acabou levando um tiro, caiu de bruços e morreu. O relatório da polícia descreveu que a vítima estava desarmada.