Paraty e Ilha Grande, no sul do Estado do Rio de Janeiro, foram reconhecidas como patrimônio mundial da humanidade. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) decidiu hoje (5) inscrever o centro histórico Paraty e Ilha Grande como patrimônio mundial da humanidade.

Esse é o primeiro sítio de patrimônio misto do Brasil, ou seja, que inclui bens culturais e naturais. Dos mais de mil patrimônios mundiais, apenas 39 locais, em 31 países, são sítios mistos.

Paraty e Ilha Grande se juntam a outros 21 patrimônios mundiais da humanidade brasileiros, dos quais sete são naturais e 14 são culturais.

A lista de patrimônios do país inclui Ouro Preto (MG), Olinda (PE), São Luís (MA), Cidade de Goiás (GO) e Salvador (BA), o Plano Piloto de Brasília, o Pantanal, as ilhas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas, o Parque Nacional do Iguaçu (PR), as Paisagens Cariocas (RJ) e o Cais do Valongo (RJ).

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De acordo com a Unesco, os Sítios do Patrimônio Mundial Natural protegem áreas consideradas excepcionais do ponto de vista da diversidade biológica e da paisagem. Neles, a proteção ao ambiente, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto de atenção especial. Além disso, os Sítios geram uma importante fonte de renda oriunda do desenvolvimento do ecoturismo.

Em 2009, Paraty já tinha se candidatado. A cidade histórica chegou até a última etapa da avaliação, mas foi rejeitada. Na época, a orientação foi reunir mais elementos. Em maio deste ano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, recebeu um parecer técnico favorável ao reconhecimento dos municípios como patrimônio.

A candidatura envolveu o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em conjunto com o Ministério da Cultura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac, além das prefeituras de Angra dos Reis e de Paraty.