Neste ano, seis pessoas precisaram de resgate na travessia da Serra Fina

Recentemente dois praticantes de trekking foram resgatados depois de ficarem perdidos na Serra Fina. Mesmo sendo considerada uma das travessias mais difíceis do país, o trajeto se popularizou, e casos de resgate estão se tornando mais freqüentes. O trajeto da Serra Fina percorre as divisas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com Jornal Estado de Minas, representantes das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e bombeiros estão discutindo sobre impor alguma forma de controle de acesso à travessia ou, conscientizar os praticantes de trekking sobre a necessidade de contratação de guias e uso de equipamentos apropriados à exploração.

A travessia da Serra Fina percorre 33 quilômetros, com 20 montes acima de dois mil metros de altura. O desnível é um dos principais desafios para quem encara a travessia. O tempo médio para percorrer a trilha é de quatro dias. A sinalização e proteção do caminho foram feitas ao longo dos anos pelos próprios guias e praticantes. No entanto, neste ano seis pessoas precisaram de resgate no trajeto.

Decisão das RPPNs

O gestor e proprietário de uma das RPPNs que preservam a Serra Fina, José Sávio Monteiro, disse ao jornal sobre a preocupação com a preservação natural da região e com a segurança das pessoas.

“Com as redes sociais, a travessia se tornou quase uma moda – por ser difícil, por ter paisagens lindas. Mas não é algo simples. Você precisa estar acompanhado por guias ou pessoas que conheçam a região. Precisa ter equipamentos específicos, agasalhos, água, alimentos, pois os riscos são muito grandes”, afirma.

A área da Serra Fina pertence a propriedades privadas. Portanto, uma proibição da realização desta travessia pode ser impedida por tempo indeterminado após a decisão de cada dos donos das RPPNs.

Monteiro estuda encontrar um denominador comum com outros proprietários de RPPNs utilizadas na travessia, junto do corpo de bombeiros, para uma solução do problema.