A partida deste roteiro inóspito de bike – grande parte em estilo autossustentável – se dá em Anchorage, a cidade mais populosa do Alasca. O itinerário é da Adventure Cycling Association, uma organização sem fins lucrativos que também indica essa viagem em moldes rústicos (você carrega todo seu equipamento e acampa pelo caminho), mas totalmente viáveis.
As rodas começam a girar para valer na antiga rodovia Glenn e, alguns dias depois, na Richardson, entre cenários onde reinam montanhas nevadas. Logo no segundo dia de pedal você acampará nas margens do rio Matanuska, cercado pela autêntica paisagem de “natureza selvagem” e custando a acreditar que aquilo tudo é real. Há subidas duras, mas recompensadas por encontros com animais locais, como gansos do Canadá, andorinhas do Ártico, águias, ursos, alces e raposas. Sem contar os jantares fartos em alguns hoteis programados ao longo do percurso.
Na segunda metade da viagem, a rodovia Denali deixa o asfalto para trás, mas agrada aos bikers pelo tráfego de carros quase inexistente e pelas poucas subidas. O 12º dia é um dos pontos altos do roteiro: depois de pedalar próximo ao rio Nenana, eis que surge o imponente Monte McKinley, a montanha mais alta da América do Norte, com 6.168 metros de altitude. O último dia de pedal é pela rodovia George Parks, pavimentada e que praticamente só desce até chegar ao Parque Nacional Denali, onde haverá uma confraternização de despedida.
Distância: 700 km.
Duração: Roteiro de 15 dias, sendo 12 dias de pedal.
Bike ideal: Uma gravel para as horas fora do asfalto renderem sem maiores problemas.
Quando ir: Entre junho e agosto. Em julho os dias têm 18 horas e a temperatura pode chegar aos 25ºC.
Dificuldade: A estrada varia entre asfalto e terra (com cascalho) e, apesar de você não precisar ter muita habilidade técnica, terá que estar em forma para aguentar uma média diária de pedal próxima de 60 quilômetros.
Fora da bike “Aventura no Alasca” é quase uma expressão redundante, e mesmo quem tem pouco tempo de viagem pode encontrar grandes coisas a se fazer, como uma remada de caiaque entre os icebergs do Parque Nacional dos Fiordes de Kenai.