Radicada no Chile desde 2019, a fisioterapeuta e montanhista brasileira Daniela Pagliarini, 40, é uma das integrantes do projeto +6500 Los Andes, que pretende alcançar o cume das 13 maiores montanhas da cordilheira.
+ K2K no Rocky Spirit: Um ângulo inédito da montanha mais mortal do mundo
+ As 3 características que você precisa para superar grandes desafios
+ 7 refúgios na montanha para tornar a sua aventura ainda mais autêntica
Ao lado de uma equipe de montanhistas chilenos, que inclui o seu marido – o guia e engenheiro Luís Diaz Ramirez – Daniela também será a única mulher da expedição.
O início está marcado para o dia 21 de novembro deste ano com um ataque ao Nevado Três Cruces, um imponente vulcão localizado no Deserto do Atacama com 6.748 metros de altitude.
“Sempre gostei de trekking, já fiz alguns no Brasil como Monte Roraima, travessia Petrópolis-Teresópolis e os cânions do sul, pois morava em Porto Alegre”, conta a fisioterapeuta, que em 2019 mudou-se para o Chile depois de escalar o Cerro El Plomo, um 5.500 dos Andes Centrais.
Já a inspiração para esta nova aventura nasceu com o lendário alpinista chileno Juan Pablo Mohr, que em fevereiro deste ano acabou perdendo a vida após tentar escalar o K2. Ao longo dos últimos anos, Mohr foi o grande responsável por promover a cultura do montanhismo em seu país.
Juan Mohr também foi o precursor de um projeto para escalar as montanhas mais altas de cada região do Chile. Desta vez, a expedição idealizada por Daniela e Luís, vai enfrentar os maiores desafios de toda a Cordilheira, passando por outros países como Argentina, Peru e Bolívia.
“O desafio será grande, porque este projeto inclui a Cordilheira como um todo, sem distinção de países. Algumas montanhas são bastante remotas, então teremos aproximações longas e desgastantes”, prevê a montanhista.
Além de Luís Ramirez, a brasileira terá a companhia de nomes experientes como Roberto Soto, Gabriel Caceres, Nicolás Vargas Mordoh, Ernesto Olivares, além do fotógrafo Cristian Tranamil.
“Como um projeto desse nível não se pode completar apenas com duas pessoas, fomos montando o grupo, com amigos de montanha e que já estivemos em escaladas juntos, porque a boa convivência é muito importante”, destaca.
Além de subir ao topo das montanhas mais altas da Cordilheira dos Andes, a +6.500 vai passar pelos 10 vulcões mais altos do mundo. O colossal Aconcágua, o teto das Américas com 6.962 metros, vai marcar o fim da expedição em dezembro de 2023.
O projeto segue em fase de captação de recursos, mas os preparativos e as permissões já estão adiantados e a expedição mais do que confirmada.
“Seguimos em fase de divulgação, em outubro teremos uma série de lives sobre alta montanha com convidados. Também estamos em fase de buscar apoiadores e patrocínios, o que por ser ‘final do ano’ está um pouco difícil, pois a grande parte das empresas já disponibilizou seus recursos deste ano”, finaliza Daniela, que também possui uma agência especializada em turismo de montanha no Chile.
Para saber mais sobre a expedição, acesse o perfil @proyecto_6500_losandes no Instagram.
Ver essa foto no Instagram
Ver essa foto no Instagram