Viagens outdoor que marcaram a história da Go Outside

Por Bruno Romano e Mario Mele

Ao longo da história da Go Outside, publicamos reportagens sobre dezenas de viagens incríveis. Aqui selecionamos cinco dos roteiros mais legais de nossa trajetória.

1. Pedal na Serra da Capivara (PI)

ATENÇÃO MERECIDA: Psaigens da Serra da Capivara, lindo parque nacional ainda pouco conhecido entre brasileiros (Foto: Terral.tur.br)
ATENÇÃO MERECIDA: Paisagens da Serra da Capivara, lindo parque nacional ainda pouco conhecido entre brasileiros (Foto: Terral.tur.br)

“Conhecer para proteger.” Esse é o espírito de um roteiro de bike que atravessa o Parque Nacional da Serra da Capivara, no sul do Piauí. Lançado recentemente pela agência local Terral, o itinerário de sete dias (sendo cinco de ação) dá todo o apoio para quem pretende desbravar no pedal uma área da caatinga brasileira onde fica um dos mais impressionantes sítios arqueológicos do mundo.

Tudo começa com uma visita à Fundação do Museu do Homem Americano (Fumdham), entidade criada em 1986 e até hoje dirigida pela arqueóloga paulista Niède Guidon, uma das ganhadoras do Prêmio Outsiders 2016. No primeiro dia em cima da bike, você já entende por que a Unesco decretou aquela área do Piauí um Patrimônio da Humanidade: durante a longa descida do “trajeto do desfiladeiro”, há paradas estratégias para contemplar tesouros arqueológicos conservadíssimos.

Outros bons momentos estão reservados aos dias seguintes. A Serra Branca é o “Louvre da pré-história”, com as mais lindas pinturas rupestres do planeta expostas ao ar livre. O rolê se dá por estradinhas que chegam a lugares como a Toca do Vento e a Toca da Extrema.
O Caminho dos Maniçobeiros, outra linda trilha, ilustra com perfeição a beleza e singularidade do sertão nordestino, com suas rochas rugosas e vegetação espinhosa. Depois da refeição preparada em boa hora pelos integrantes da expedição, um veículo motorizado leva a galera até a Serra Vermelha. Lá as rodas giram pelas margens do rio Canoas e, em seguida, pelo Baixão das Andorinhas, um cânion de quase cem metros de profundidade dominado por essas aves.

Em 2006, a Go Outside indicou essa travessia de bike como um dos melhores roteiros selvagens. Hoje o passeio está mais acessível graças ao apoio oferecido pela agência. Dessa forma, você não corre mais o risco de ficar sem água e com a bicicleta quebrada no meio do sertão. Mas esteja preparado para girar, por dia, em torno de 35 a 50 km e encarar as fortes subidas da Trilha da Energia, de 17 km de extensão. A menos que você monte um pacote especial, optando por acampar no entorno do parque, os pernoites acontecem em pousadas, com jantares saborosos, camas confortáveis e chuveiro quente. O desfecho com chave de ouro é pela Trilha Hombu, terminando na Pedra Furada, o principal cartão-postal da Serra da Capivara.

Além de levá-lo a um verdadeiro tesouro natural do Brasil, esse roteiro despertará seu instinto de preservação. Segundo a arqueóloga Niède, é necessário que surjam programas ambientais eficientes na área para protegê-la como se deve. Uma forte mobilização ainda falta na Serra da Capivara, que um dia foi o hábitat de dinossauros e tigres-dente-de-sabre.

Duração: 7 dias
Quando ir: Entre dezembro e agosto
Como chegar: Avião até Teresina + 500 km de ônibus até São Raimundo Nonato
O que fazer: Mountain bike e trekking
Quando custa: A partir de R$ 2.710 (Descubra Turismo)
Antes de ir: fumdham.org.br

2. Praia e ciclismo na Colômbia

TOUR NA COLÔMBIA: Muita subida na região de Boyacá (Foto: Cyclotá.com)
TOUR NA COLÔMBIA: Muita subida na região de Boyacá (Foto: Cyclotá.com)

Em 2012, selecionamos as melhores unidades de conservação da América do Sul para mostrar que há muita diversão outdoor em nossos vizinhos. Na Colômbia, o Parque Nacional Tayrona – uma área protegida de 18 mil hectares entre o Oceano Atlântico e a Serra Nevada de Santa Marta – é um desses paraísos. Apesar de ser dez vezes menor do que a maioria dos parques nacionais brasileiros, como o da Chapada Diamantina (BA), o Tayrona é o rei da diversidade: no mar, é destino top de mergulho, em lugares como La Cueva de Neguanje e Isla Aguja.

Na região de Santa Marta, hospede-se em um dos chalés do Ecohabs (ecohabsantamarta.com), no meio da vegetação que cresce logo após a faixa litorânea e cuja arquitetura é inspirada nasconstruções de Teyuna (cidade perdida dos índios pré-colombianos). Quem surfa pode ficar de frente às ondas no Casa Grande Surf (casagrandesurf.co), que tem dez chalés e 5.000 metros de área de camping em um verdadeiro paraíso caribenho.

Mas o primeiro esporte na Colômbia é o ciclismo. Há duas décadas, o país passou a investir pesado em ciclovias, que eram lançadas junto com políticas de incentivo ao uso das bikes. O reflexo disso já é visto no ciclismo profissional: atualmente, Nairo Quintana é um dos grandes heróis nacionais, vencedor do Giro d’Italia 2014 e vice-campeão do Tour de France por duas vezes (2013 e 2015). Percorra as mesmas estradas que fizeram Nairo se tornar um grande ciclista: agências como a Tour Co oferecem novas rotas em cantos escondidos da Cordilheira dos Andes, como a região de Boyacá – onde Nairo é local –, acerca de 200 km de Bogotá. É lá que está o Alto de Letras, a subida mais longa do mundo, com 82 km de extensão e quase 3.200 metros de desnível. A Volta da Colômbia e outras provas importantes de ciclismo de estrada costumam acontecer por ali e, se você for um ciclista bem treinado, tem que reservar um dia para tentar essa escalada.

Caso contrário, fique mais de boa no Parque Nacional do Café, em Quindío. A região é um convite ao pedal, com vilas coloniais,ruas pouco movimentadas, plantações de café e florestas de altitude. Não deixe de turbinar a performance com a famosa aguapanela, uma espécie de chá de rapadura que é conhecido pelos locais como o “Gatorade colombiano”.

Quando ir: Entre dezembro e março, quando as chuvas dão uma trégua
Como chegar: Avião até Bogotá (6h, partindo de São Paulo) + avião até Santa Marta (1h30) ou ônibus até Tunja, capital do Departamento de Boyacá (2h)
O que fazer: Surf, trekking, mergulho e ciclismo
Quando custa: info@tourco.ca
Antes de ir: colombia.travel/pt

3. Mergulho no Parque Marinho Bunaken

CALMARIA: Snorkel no Parque Marinho Bunaken (Foto: Getty Images)

Se pudesse escolher um único lugar no mundo para mergulhar, grande parte dos fanáticos pelo fundo do mar acabaria nesse exótico pedaço da Indonésia. Por que atracar exatamente nas cinco (de mais de 17 mil) ilhas locais? A resposta está debaixo da linha da água salgada, nos cerca de 500 m2 que formam o Parque Marinho Bunaken. Somando toda a área costeira do norte de Sulawesi com as ilhas de Bunaken, Siladen, Manado Tua, Montehage e Nain, há pelo menos uma centena de picos de alto nível reunindo formações únicas de corais, além de incontáveis espécies marinhas.

A combinação de águas cristalinas com imensos arrecifes também pode ser encontrada no arquipélago de Bangka-Gangga e no estreito de Lembeh, vizinhos do pedaço que merecem uma visita. A lista de habitantes da área vai de peixes-unicórnio à rara borboleta-bicuda, passando por diversos outros seres excêntricos e incomuns de menor porte. Arraias, tartarugas e tubarões-baleia também são avistados com certa frequência, assim como os dugongos, ameaçados de extinção. Cerca de 70% das espécies subaquáticas dessa região do Pacífico estão por ali. Agências de turismo como a Living Colours, na ilha de Bunaken, organizam hospedagem, traslados, aluguel de equipamentos e passeios diários com instrutores.

“Não há muito mais o que fazer por lá a não ser mergulhar e relaxar nas paradisíacas praias. Você viajará muito para chegar lá, portanto aproveite cada segundo”, sugeria a nossa reportagem “Viagens da vida”, que já destacava Bunaken em 2005.

De lá para cá pouca coisa mudou. A mais notável alteração foi o crescimento da cidade de Manado, o que trouxe duas facetas à área: por um lado, tudo está mais fácil e acessível, ainda que, por outro, questões como a maior presença de lixo e os preços altos para turismo já sejam realidades. Ainda assim essa famosa Meca do mergulho – a 3h30 de voo de Singapura – segue como ótimo destino para viajar pelo mundo debaixo d’água e para relaxar à sombra de um bangalô.

No mês passado, o aeroporto de Manado passou a liberar a entrada, sem vistos, para 169 novos países, incluindo o Brasil. A medida está ligada diretamente à exploração do turismo, em uma área de preservação que ainda abriga por volta de 30 mil pessoas, divididas em 22 vilas nas fronteiras do parque. A Associação de Esportes Aquáticos do Norte de Sulawesi (NSWA, na sigla em inglês) tem tido trabalho para organizar moradores, atividades e visitantes, mas o esforço vem dando bons frutos. Cerca de 80% da verba para a entrada nos parques são destinadas somente à conservação; os outros 20% são divididos entre os governos local, provincial e nacional. Integrar melhor os moradores ao parque, reabilitar arrecifes e administrar com mais eficiência o lixo produzido também estão entre as prioridades.

Programas como o Think Blue têm ajudado na missão. Desde 2005, é uma das ferramentas para a qual se destina a verba dos viajantes estrangeiros. Além da criação de um novo centro de educação para o parque, já concluído, as atividades do Think Blue visam às crianças das comunidades. Em exercícios muito mais práticos do que teóricos, elas vivenciam a ideia da interação de ecossistemas e a importância dos cuidados com o ambiente. A fundação alemã Lighthouse também atua na área, ajudando a integrar necessidades dos antigos habitantes com a sustentabilidade de um ambiente marinho tão rico quando frágil. Tudo para que Bunaken mantenha, dentro do maior arquipélago da Terra, seu valor único e imensurável.

Quando ir: Entre março e outubro não chove, e a visibilidade da água é excelente
Como chegar: Voe de Singapura a Manado, de onde saem barcos regulares ou privados para as ilhas do norte de Sulawesi
O que fazer: Mergulhos na ilha de Bunaken
Quando custa: Passeios diários a partir de € 30; Living Colours Diving
Antes de ir: Associação de Esportes Aquáticos do Norte de Sulawesi; informações sobre os ecossistemas submersos locais

4. Multiesportes na Costa Rica

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Falar da Costa Rica sempre foi um desafio na Go Outside. O problema é escolher um só roteiro entre tantas possibilidades incríveis. Quando decidimos sugerir tours para “todos os bolsos”, em nossa edição de viagens de 2013, optamos pela região de Guanacaste, se o saldo bancário ajudar, ou por Puntarenas, com uma proposta mais em conta. As duas opções continuam valendo muito, ainda mais se surf, trekking, mountain bike ou mergulho estiverem nos seus planos. A cada ano, o país onde o lema é “pura vida” segue se confirmando como uma capital de turismo ecológico e de aventura. Tudo isso em um território relativamente pequeno, porém que abriga mais biodiversidade do que os Estados Unidos e a Europa, juntos.

O triunfo nessa luta tem base no atual plano estratégico, vigente até 2017 e assinado por todos os chefes das 11 zonas de proteção que dividem a Costa Rica. Só neste ano de 2016, estão sendo investidos o equivalente a R$ 550 milhões na área, número um pouco abaixo do estipulado para o próximo ano. Na prática, especialistas e autoridades locais têm 32 objetivos, 47 metas, 158 atividades e 437 tarefas para cumprir até lá. Por trás dos números, muita gente vem colocando a mão na massa de verdade. E o resultado é visível.
“A Costa Rica virou a mesa e é referência em administração de parques e preservação ambiental”, destacamos em nossa edição de julho de 2006, que já ressaltava o avanço e ainda lembrava que o um país fora líder mundial em desmatamento nos anos 1960. Em um especial do mesmo ano, uma travessia de costa a costa no país entrou com uma das nossas “viagens dos sonhos”. O roteiro de duas semanas, organizado pela agência World Expeditions, segue na ativa, unindo caminhadas, pedaladas e remadas. É também uma boa opção para escapar das possíveis multidões de turistas nos meses de alta temporada.

Seguindo o plano de conhecer a área longe da muvuca, a cordilheira Talamanca é a mais longa e remota das quatro cadeias de montanhas que formam a espinha dorsal costarriquenha. O local abriga o cerro Chirripó, o mais alto do país (3.820 metros), e é repleto de trilhas exigentes que contrastam com o clima relax das praias. Nos últimos anos, o Parque Nacional Manuel Antonio e o bosque Monteverde se destacaram também entre os modelos referência de ecoturismo.

Outro tipo de atividade que vem ganhando corpo são as reservas privadas. É o caso da Cloudbridge, iniciada em 2002 pelo casal norte-americano Ian e Jenny Giddy. Dedicada a proteger, estudar e perpetuar a natureza local, a reserva saltou de 60 a 182 hectares nos últimos dez anos. Iniciativas como essa têm aumentado consideravelmente o território protegido, que já se aproxima a 30% do total do país.

Entretanto há sempre desafios pelo caminho. Em uma de nossas reportagens de maio de 2014, intitulada “Sangue na areia”, fica claro como lugares ermos e selvagens às vezes abrem espaço para atividades ilegais de todo tipo, incluindo o tráfico de animais. Caçadores seguem roubando ovos na praia de Moín, reduto de tartarugas-de-couro ameaçadas de extinção. Organizações como a ONG Santuário de Vida Selvagem e a Widecast têm atuado intensamente para mudar a situação. O temor de que problemas como esses afetem o turismo é bem real, já que se estima que 10% do PIB da Costa Rica vêm de viajantes estrangeiros.

Ainda assim, aliar proteção ambiental com turismo segue como a grande arma local. Entidades ligadas à preservação fazem do trabalho a moeda de troca para hospedagens e alimentação mais em conta. As possibilidades vão desde o manejo de áreas florestais (como na Fundação Corcovado ou no Instituto Monte Verde, que cuidam de parques nacionais homônimos) a fazendas orgânicas (caso da Reserva Biológica Dúrika), passando por projetos engajados como o Reserva Playa Tortuga, que atua na conservação de espécies e na investigação dos abusos locais.

Vivenciar o país apenas por lazer também é uma ótima opção. Grande parte do dinheiro gasto será revertida para ainda mais proteção, prática que o país segue desde que aboliu seu exército, em 1948, e migrou os investimentos bélicos para a natureza. Nas décadas seguintes, ainda conseguiu negociar a dívida externa em compensações ambientais, outra atitude pioneira. Esse longo processo culminou com a criação, em 1994, do Sistema Nacional de Áreas de Conservação. Baseado em uma estrutura descentralizada, ele uniu três grandes entidades que tratavam do tema separadamente. Traduzindo, a Costa Rica aplicou um conceito básico da preservação – o de que tudo está interligado – para gerir suas ações de sustentabilidade. Deu certo. Graças aos esforços dos últimos 50 anos (e aos das próximas décadas), as experiências únicas do lugar parecem garantidas.

Quando ir: Entre dezembro e abril, quando o tempo seco é propício (mas os custos, elevados); entre maio e julho e novembro, as chuvas são moderadas e tornam alguns acessos mais desafiadores pela qualidade das estradas
Como chegar: Voos diretos do Brasil para a capital San José (Avianca, TACA, Copa Airlines e United Airlines)
O que fazer: Trekking, ciclismo, rafting e canoagem oceânica
Quanto custa: US$ $ 2999 (roteiro multiesportes de 12 dias; World Expeditions)
Antes de ir: Visit Costa Rica; Reserva Natural Cloudbridge; Reserva Biológica Dúrika; Reserva Playa Tortuga

5.Remo no Parque Nacional de Pumalín, na Patagônia chilena

DE CIMA: Vista aérea do Parque Pumalín, no Chile (Foto: Tompkins Conservation)
DE CIMA: Vista aérea do Parque Pumalín, no Chile (Foto: Tompkins Conservation)

Em 2009, elegemos um roteiro a remo no Parque Nacional de Pumalín, na Região dos Lagos da Patagônia chilena, entre matas fechadas, vulcões e geleiras, como um dos “roteiros para se perder no mundo”. Atualmente o Pumalín ocupa uma área de 3 mil km² (é, aproximadamente, duas vezes maior do que a cidade de São Paulo), honrando o título de “a maior reserva privada do planeta”. Isso se deu graças a Douglas Tompkins (1943-2015), fundador da marca The North Face, que chegou pela primeira vez à Patagônia nos anos 1960 e, desde então, passou a se preocupar com a necessidade de preservação daquele lugar, cuja beleza é comparada à do parque vizinho de Torres del Paine.

Nos anos 1990, Doug comprou uma grande área pelo bem da biodiversidade, onde hoje é o Pumalín. Atualmente essa imensa reserva está aberta ao público, com grande infraestrutura de trilhas, áreas de camping e centro de atendimento ao turista.

A região é recortada por fiordes esculpidos na era glacial, e em uma exploração a remo você chega a lugares inesquecíveis, como enormes cachoeiras que despencam direto no mar, cânions de 1.500 metros de altura que desaparecem na água e fontes termais naturais.

O Pumalín abriga a única floresta temperada da América do Sul, que é extremamente úmida, hábitat de espécies vegetais endêmicas. Outra particularidade é que ela chega à beira do mar, algo incrivelmente raro no mundo. É ali também onde estão os últimos bosques de alerce, uma das espécies mais antigas da face da Terra.

Por ser uma viagem oferecida para grupos pequenos, de no máximo seis pessoas, aumentam as chances de se avistarem aves, golfinhos e leões marinhos. Antes de se lançar nesse roteiro de seis dias (indicado até para remadores iniciantes, desde que saibam nadar), você aprende sobre segurança através de explicações sobre maré, vento, logística e comunicação.

No segundo dia, o destino da aula prática são águas termais calmantes. Você entrará em banheiras naturais cavadas nas pedras pelos povos antigos. Por dia, vai remar em torno de cinco horas, mas também sairá do barco para caminhar por trilhas quase nada frequentadas, chegando a alguma cachoeira secreta ou a uma lagoa deserta. O último dia é longo e, para driblar o vento, a remada começa ante de o sol nascer. Assistir ao astro-rei mandando suas primeiras luzes durante a remada é inesquecível.

Quando ir: Entre outubro e maio
Como chegar: Avião até Santiago + ônibus até Puerto Varas (10h) ou avião até Puerto Montt (2h) + ônibus até Puerto Varas (30 min)
O que fazer: Remo e caminhada
Quando custa: info@yakexpediciones.cl
Antes de ir: Go Chile

* Parte da matéria As 11 melhores viagens da nossa história, publicada originalmente na Go Outside 130 de junho/2016.







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