Os melhores momentos que vivi na Expedição Katerre pela Amazônia

Por Flávia Vitorino

Fazer uma viagem à Amazônia é uma imersão em um cenário completamente nativo e selvagem. Com a Expedição Katerre, vivi por alguns dias dentro do Parque Nacional do Jaú, a unidade de conservação que protege uma das maiores extensões de florestas tropicais úmidas contínuas do mundo. Navegando pelo Rio Negro e caminhando pela mata, tive a oportunidade de ter contato com tribos e nativos da região. Listei aqui as cinco melhores experiências que vivi nesta expedição em meio à floresta amazônica.

#1 Dormir na mata

Eram nove horas da noite quando saímos com um barco em direção a uma pequena trilha que dava acesso ao local onde passaríamos nossa primeira noite na mata. Na mochila: rede, água e uma lanterna. Quando o barco parou, um filhotinho de jacaré abriu o caminho para passarmos. Ali, são eles que reinam, especialmente à noite.

Outros animais surgiram, como uma tarântula “que me cedeu gentilmente o espaço da sua casa pra eu estender a minha rede”. Sim, passei as primeiras horas da noite imaginando se ela iria descer e me fazer uma visita. Mas, no final, ficou cada uma na sua.

O céu não tinha espaço de tanta estrela, e era um silêncio que acalmava – só conseguia escutar o barulho dos grilos, dos sapos e de outros bichos que não soube identificar. Dormi 8 horas seguidas, coisa que em São Paulo raramente acontece.

#2 SEP nas águas do Rio Negro

O Rio Negro e seus afluentes são uma espécie de tapete de água para remo. A prancha desliza e é um remo fácil e leve. Dá pra remar todos os dias, por quanto tempo você quiser (enquanto o barco não estiver se deslocando). A água em certos pontos é tão calma que reflete toda a mata, como um espelho.

#3 Andar na mata com um indígena

Um trekking na Amazônia não é o mesmo quando se faz com um nativo. Quando estamos andando no meio da mata, observamos, sim, a natureza. Mas o nosso guia, o Josué, andou com a gente por todos os cantos e tinha o conhecimento sobre tudo: plantas medicinais, alucinógenas, rituais e grutas que não sei como descobriram de tão escondidas. Josué foi uma escola no meio da floresta.

#4 Visitar comunidades e aldeias indígenas

Durante a expedição, fizemos várias paradas em comunidades e aldeias de 40 a 150 pessoas. Passávamos tardes conhecendo a realidade de cada lugar. Uma convivência rica com as crianças, a cultura e a religião dos indígenas.

#5 Viver o mundo real

Não é uma crítica às tecnologias, mas é assustador a dependência que criamos da conexão com o celular. Eu mesma, quando soube que ficaria por cinco dias sem qualquer sinal de comunicação me senti insegura, pensando na minha família e no trabalho. Mas tenho certeza que a experiência não seria tão intensa se estivesse conectada às redes. Foram horas olhando nos olhos das pessoas, conversando, ouvindo histórias, o barulho do vento, das árvores, dos animais, da chuva. Ri, chorei e me emocionei. Vi a Amazônia a olho nu, como deve ser vista, compreendida e contemplada.

Para saber mais: expedicaokaterre.com.br







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