5 destinos incríveis para viajar de bicicleta pelo mundo

Por Redação

Melhor época para conhecer o Grand Canyon é entre os meses de setembro e outubro. Foto: Shutterstock.

Se você ainda tem alguma dúvida de que a bicicleta é a parceira perfeita para viajar, estes 5 destinos incríveis vão te mostrar por que é melhor conhecer o planeta em cima de uma magrela.

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Rolê épico no Grand Canyon

Explore um patrimônio da humanidade do jeito mais legal que existe

Sim, você pode conhecer o Grand Canyon e o Zion, dois dos parques nacionais mais famosos dos EUA, pedalando. Agradeça a oportunidade à Adventure Cycling Association, uma organização norte-americana sem fins lucrativos que, desde 1973, incentiva a bike como meio de transporte em viagens – já são mais de 40 mil quilômetros de estradas mapeadas nos EUA e no Canadá.

O Grand Canyon Connector é um roteiro autoguiado de 900 quilômetros, com 2.000 metros de desnível acumulado. Ele liga Cedar, em Utah, a Tempe, no Arizona. Enquanto a maioria dos visitantes percorre o Grand Canyon em ônibus turísticos com horários programados, os ciclistas têm liberdade total para circular. Antes de viajar informe-se sobre demais regras em áreas protegidas nos EUA (nps.gov), como a cobrança para circular de bike e a necessidade de reservas para acampar.

Faça um bom planejamento de suprimentos e água, já que há vários pontos inóspitos pelo caminho. Em regiões de deserto, deve-se estar preparado para repentinas tempestades de areia – tenha sempre em mãos algo para cobrir o rosto. A rota inclui um trecho opcional de 80 quilômetros (ida e volta) pela borda norte do Grand Canyon. São duros 2.500 metros de desnível, recompensados pela região mais bonita e remota do parque, além do contato com os nativos da reserva indígena de Navajo.

Distância: 900 km.
Duração: Ao menos 20 dias para o percurso completo.
Bike ideal: Uma mountain bike ou modelo de ciclocross, 
com pneus finos e bagageiro, ou uma bicicleta específica para cicloturismo.
Custo: $$$

Quando ir: Entre setembro e outubro, aproveitando um clima mais ameno e o menor tráfego de veículos.

Dificuldade: Para viajantes mais experientes, que dominam a arte de acampar e se viram bem quando estoura um raio da bike.

FORA DA BIKE: Roteiros de trekking, caiaque e rafting são clássicos do Grand Canyon e do Zion, mas não se esqueça de planejar e pedir autorização com muita antecedência. Informações em nps.gov.

Pelas trilhas dos kiwis

Singletracks de primeira classe te esperam na paradisíaca Ilha Sul, na Nova Zelândia

Foto: Shutterstock.

A Nova Zelândia merece um roteiro épico de mountain bike e, nesse quesito, o Silver Fern é uma ótima pedida. Criado pela agência de turismo Big Mountain, esse rolê reúne o que há de melhor em MTB na região.

É o caso do Craigieburn, um parque florestal que abriga uma estação de esqui no inverno e é diversão pura para mountain bikers no verão. Também fazem parte da expedição duas renomadas trilhas da costa oeste, a Maori Creek e a Blacks Point. No último dia, um rolê pela incrível trilha Queen Charllotte corta os vales alagados de Marlborough Sounds, no extremo norte da ilha, uma das paisagens mais incríveis da região.

A Big Mountain descreve o roteiro como “um cartão-postal a cada curva”. Não é exagero. Para conectar os melhores pontos de bike, a agência organiza traslados de carro, helicóptero e barco. A cidade de Christchurch é o ponto de saída e chegada para o pedal.

Distância: 50 km (média diária).
Duração: 11 dias.
Bike ideal: Um all mountain, com boa suspensão dianteira, quadro confiável 
e possibilidade de travar o amortecimento traseiro (a agência Big Mountain 
disponibiliza bikes top).
Custo: $$$$$

Quando ir: De dezembro a abril (há três opções de pacotes durante o período).

Dificuldade: Ideal para quem curte subir um morro e não “trava” de medo em um downhill de nível médio.

FORA DA BIKE: Os arredores da cidade de Queenstown, por onde passa parte do roteiro acima, reúnem atrativos ao ar livre sem bike como passeios de rafting e trekking, além dos tradicionais bungee jumps e o Nevis Highwire, um incrível salto de um bondinho suspenso a 134 metros de altura.

O melhor segredo da Europa

Liubliana, a capital da Eslovênia, parece ter sido feita para andar de bike

Fora dos grandes roteiros turísticos, a Eslovênia é daqueles lugares que despertam dois pensamentos: “Que sorte eu ter parado aqui” e “como eu não vim para cá antes?”. Com cerca de 270 mil habitantes, Liubliana é a capital do país e um convite para o pedal – imagine as facilidades para bicicletas de Amsterdã, sem a mesma multidão, junto das belezas da Suíça, só que com preços mais em conta.

O sistema de aluguel de magrelas de Liubliana registrou mais de dois milhões de empréstimos nos últimos três anos. São 32 estações que funcionam 24 horas por dia durante toda a semana. Para passeios ao redor da cidade, a agência Ljubljana Bike Tours tem ótimas opções de roteiros diários, como o Green Ring, que circunda toda a região central da cidade em 35 quilômetros. Aproveite, pois, aos poucos, o “segredo” está sendo revelado.

Distância: 10 km a 35 km diários.
Duração: Há ótimos roteiros de um dia.
Bike ideal: Um modelo urbano, com geometria confortável e acessórios funcionais; 
é possível alugar uma bike no sistema público ou em agências de turismo.
Custo: $$$

Quando ir: Entre junho e agosto, no auge do verão europeu, quando o sol brilha e as temperaturas são agradáveis.

Dificuldade: Você vai completar tranquilamente os roteiros mesmo parando para um sorvete (ou uma cerveja).

FORA DA BIKE: O transporte público esloveno pode te levar a todos os principais pontos turísticos da capital e seus arredores. Para opções outdoor, explore os trekkings do Parque Nacional de Triglav, nos Alpes Julianos.

Pérolas alentejanas

Mergulhe nas vinícolas e nos monastérios de uma região histórica de Portugal

Foto: Shutterstock.

Estradas tranquilas, boa comida e uma paisagem inspiradora. Se for esse o cenário que você busca em uma viagem de bike, a região de Alentejo, em Portugal, te satisfará por completo.

Espalhada a sul e leste de Lisboa, a província reúne pequenos vilarejos como Évora, patrimônio mundial da Unesco, e Vila Viçosa, sede do Palácio dos Duques de Bragança, a última residência da monarquia portuguesa. Além da histórica Marvão, com cerca de 500 habitantes, já na divisa com a Espanha. Em cada cidadezinha é possível encontrar monastérios dos séculos XV e XVI, agora transformados em aconchegantes pousadas. Estradões com grandes plantações de uva e trigo te levarão até essas localidades.

É possível explorar a região de forma autônoma, mas agências especializadas organizam roteiros de 160 e 380 quilômetros, respectivamente. A vantagem das agências é pedalar livre de malas e garantir hospedagens nas pousadas, mas nada impede que você faça o mesmo passeio sozinho.

Distância: 160 km (Special Trip) ou 380 quilômetros (Easy Rider Tours).
Duração: Sete dias.
Bike ideal: Híbrida, para mais conforto em estradas secundárias, ou um modelo 
de ciclocross, que vai bem no asfalto e em terra batida.
Custo: $$$$

Quando ir: Na primavera europeia, entre março e junho, quando há menos turistas e as temperaturas são mais agradáveis.

Dificuldade: Nesse roteiro, os trajetos têm distância razoável, mas pouco desnível – a medida certa para suar a camisa e repor as energias com comida típica e vinho no fim do dia.

FORA DA BIKE: A região é tranquila para ser percorrida de carro. Em caso de viagens autônomas de bike, aliás, é uma ótima ideia contar com um veículo de apoio de amigos ou familiares. As vinícolas da região podem ser um ponto de encontro perfeito em cada parada.

Desapego na costa do Uruguai

Vilas de pescadores acolhedoras e belas praias integram esse roteiro inesquecível que é “logo ali”

Foto: Shutterstock.

Os sinais de liberdade emitidos pelo Uruguai vão além do que você está pensando. Nosso vizinho austral tem como prioridade as políticas em favor da natureza e da sustentabilidade. Pelo Chuí, você pode entrar pedalando no país e descer 45 quilômetros até Punta del Diablo, um povoado de pescadores do Departamento de Rocha que é um dos principais destinos de verão do país. A melhor alternativa para fugir da multidão de turistas é Barra de Valizas, onde os preços ainda são para mochileiros. Até lá, são 57 quilômetros, sendo sete pela praia e outros 50 alternando entre as Rutas 9 e 10, que passam próximas à costa.

O clima rústico e pacífico impera em Valizas, e você terá a chance de acampar bem próximo à praia. Se ainda quiser seguir em frente, há La Paloma (cerca de 60 quilômetros mais ao sul), onde fica o Beach Hostel. É hora de se jogar e aproveitar a praia de Balconada, onde rolam boas ondas e um por do sol deslumbrante. A pouco menos de 100 quilômetros ao sul fica o luxuoso balneário de Punta del Este, que no verão recebe mais de 200 mil turistas.

Para honrar a intenção de o Uruguai ser um real destino para ciclistas, há um eficiente sistema de aluguel de bicicletas no Departamento de Rocha: uma mountain bike com marchas durante duas semanas sai por US$ 120, e você pode pegá-la numa praia e devolvê-la em outra (biciuruguay.com.uy). Perfeito, não?

Distância: 260 km.
Duração: Uma semana indo rápido ou duas curtindo cada lugar em dobro.
Bike ideal: Uma mountain bike é uma boa opção para cortar trechos de praia, 
mas se pode viajar também com um modelo de estrada, caso a intenção seja apenas 
encarar o asfalto.
Custo: $$

Quando ir: No verão, entre dezembro e fevereiro, para curtir a praia.

Dificuldade: Fácil e agradável, mas que já dá a real sensação do que é viver na estrada.

FORA DA BIKE: A nove quilômetros de Punta del Diablo, o Parque Nacional de Santa Teresa tem áreas de camping a preços atrativos e 60 quilômetros de trilhas para serem feita a pé.







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