4 conselhos para adolescentes que procuram aventuras

por Julie Ellison, da Outside USA

adolescentes aventuras
Atia Naim/Unsplash

Uma viagem de canoa de duas semanas no norte de Minnesota (EUA) mudou a trajetória da vida de Natalie Warren quando ela tinha 15 anos. Daquele ponto crucial em diante, a menina resistiu aos padrões comuns na criação de adolescentes urbanos em Miami para ir atrás de aventuras ao ar livre. 

Mais de duas décadas depois daquela viagem, hoje com 32 anos, Natalie é reconhecida como uma das remadoras de aventura de maior sucesso nos Estados Unidos. Ela liderou expedições de 30 e 50 dias em rios do Canadá, remou 3.200 km de Minneapolis à Baía de Hudson, toda a extensão do rio Mississippi e 724 km em 53 horas para ganhar o primeiro lugar no Yukon River Quest

Como mãe recente, doutoranda em comunicação ambiental na Universidade de Minnesota, fundadora da Wild River Academy — uma organização sem fins lucrativos que ensina jovens urbanos sobre rios — e autora do livro de memórias de aventuras Hudson Bay Bound (sem edição em português), Natalie está espalhando o “evangelho” de aventuras ao ar livre para adolescentes que ainda não se sentem à vontade no outdoor.

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Aqui estão quatro conselhos da autora para jovens prontas para abraçar aventuras:

Lute pelo o que você quer

“Vivem nos falando dos marcos que supostamente deveríamos ter na vida”, diz Natalie. “Muitos de nós sentamos e pensamos: não é isso que queremos. Disseram que você nunca poderia se desviar do seu caminho porque pode tomar uma decisão que irá acabar com o seu potencial para um futuro casamento, emprego, filhos, sucesso e aposentadoria.”

“Eu realmente lutei pelo que sentia que queria e precisava”, diz ela. “A onda de emoção quando somos adolescentes ou estamos com 20 e poucos anos pode ser uma força muito, muito poderosa para nos direcionar para onde queremos ir. ”

Abra seu próprio caminho

“Em vez de conseguir um estágio não remunerado no verão depois da faculdade, passei três meses remando uma canoa. Achei que isso iria literalmente acabar com a minha carreira, porque um estágio é o que me disseram que eu precisava fazer para ter sucesso. Quero que as adolescentes pensem mais criticamente sobre as mensagens que estão recebendo, sejam elas sutis ou óbvias, para serem capazes de dizer: ‘Eu posso fazer algo diferente’.”

“Viagens na selva, e viagens de canoagem em particular, são para entrar em um fluxo de todos trabalhando juntos”, diz ela. “Todos precisamos uns dos outros. Todos nós desempenhamos papéis diferentes. Estamos tentando ir do ponto A ao ponto B. O que vamos comer? Como é o clima? E como resolvemos problemas juntos? Isso acaba com todas as pressões e camadas extras de como devemos se e como devemos responder a certas situações.”

Tenha coragem para fazer uma grande viagem

“É importante explorar todos os diferentes caminhos da vida”, diz Natalie. “Eu me destaquei muito mais porque morei seis meses em uma canoa. Não é, de forma alguma, um buraco em seu currículo. Na verdade, é algo que pode te ajudar a se moldar na carreira de várias maneiras. Sem sentir que estamos seguras para correr esses riscos, muitas vezes abrimos mão das possibilidades que essas viagens podem nos proporcionar.”

Encontre seu lugar no mundo outdoor

“O que descobri especialmente naquela primeira viagem foi que eu me sentia muito confiante ao ar livre. Eu meio que descobri o que me fazia sentir mais eu mesma quando tinha essa idade, quando o ensino médio era traumático. Tive muita angústia na adolescência e, quando estava ao ar livre, quando estava remando uma canoa ou morando no deserto, sentia uma sensação de paz e de pertencimento que nunca havia encontrado na cidade”, conta.







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