Uma tradição de caça de golfinhos nas Ilhas Faroe, território dinamarquês entre Escócia e Islândia, gerou protestos internacionais depois que 1.428 golfinhos foram mortos em um único dia, deixando o mar vermelho com o sangue dos animais.
+ Imagens raras mostram golfinhos brincando entre centenas de peixes-boi
+ Filhote de baleia jubarte é encontrado morto no litoral de SP
Neste domingo (12), barcos encurralaram um grupo de golfinhos-de-faces-brancas em águas rasas na praia Skalabotnur e os animais foram mortos com facadas, segundo informações da BBC.
Os restos mortais dos golfinhos foram colocados na costa para serem distribuídos entre os moradores para consumo.
Os defensores do ritual dizem que a prática faz parte de sua identidade cultural, uma tradição que remonta a centenas de anos nas ilhas.
A Grindadrap, comumente conhecida como grind, é uma caça anual de mamíferos marinhos (principalmente baleias) que ocorre nas Ilhas Faroe.
A prática foi aprovada pelo governo local e Olavur Sjurdarberg, presidente da Associação de Baleeiros das Ilhas Faroé, disse à BBC que nenhuma lei foi violada na caça do último domingo.
No entanto, o grande número de golfinhos mortos nas Ilhas Faroe no fim de semana chamou muita atenção no mundo todo.
Organizações de direitos dos animais e de conservação pedem o fim da grindadrap.
On Sunday night a super-pod of 1428 Atlantic White-Sided Dolphins was driven for many hours and for around 45 km by speed boats and jet-skis into the shallow water at Skálabotnur beach in the Danish Faroe Islands, where every single one of them was killed. https://t.co/uo2fAPhCDq
— Sea Shepherd (@seashepherd) September 14, 2021
A Organization for Animal Protection escreveu em seu site: “Imagine o quão terrível deve ser para aqueles animais serem caçados, mortos todos juntos, ouvirem seus filhotes gritando, nadar em seu próprio sangue”.
Sjurdur Skaale, um parlamentar dinamarquês das Ilhas Faroe, disse à BBC que alguns moradores ficaram furiosos após o assassinato de domingo.
Ele, no entanto, ainda apoia a tradição, desde que seja feita de “forma humana”.
“Do ponto de vista do bem-estar animal, é uma boa maneira de matar carne – muito melhor do que manter vacas e porcos presos”, afirmou.