Moradores do litoral norte de SP fizeram bloqueios contra superferiado

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Reprodução Facebook

Com a baixa adesão ao isolamento social, que frequentemente tem ficado abaixo dos 50% recomendados, os governos tem estudado medidas que possam aumentá-los. em São Paulo, a proposta de um superferiado causou indignação e protestos.

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No final da tarde desta terça-feira, 19, houve diversos bloqueios no litoral norte de São Paulo contra a proposta de superferiado de 5 dias. Fruto de uma articulação entre o prefeito paulistano, Bruno Covas (PSDB), e o governador João Doria (PSDB) para conter a proliferação da Covid-19 na maior cidade do país, o feriado causa temor de que as pessoas viagem e espalhem o coronavírus entre a população local. 

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Existe a possibilidade da folga prolongada se estender a seis dias, caso a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprove um projeto de lei enviado por Doria que prevê antecipar para a segunda-feira, 25, o feriado do dia 9 de julho, em comemoração à Revolução Constitucionalista. 

Esta extensão seria um complemento da antecipação na capital dos feriados de Corpus Christi (que seria no dia 11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro) para quarta-feira, 20, e quinta-feira, 21, e do ponto facultativo decretado para sexta-feira, 22.

Em todos os países e zonas afetadas pelo coronavírus, a circulação entre regiões foi desestimulada. Até mesmo ir para casa de praia ou de campo chegou a ser proibido por decreto, em casos como o da Itália, durante a fase de lockdown, sob pena de multa. 

Nas estradas que dão acesso às praias da Barra do Una, Barra do Sahy e Juquehy, na cidade de São Sebastião, foram feitas barricadas com fogo. São Sebastião registrou até agora 308 casos confirmados de Covid-19 e oito óbitos.

Superferiado pode aumentar contágios

Os bloqueios começaram às 18 horas e se prolongaram ao longo da noite, causando congestionamento das vias. Moradores entoaram palavras de ordem para afugentar os turistas, como “ão, ão, ão, paulista aqui não”. Muitos moradores da capital já estão passando a quarentena na região. 

Com o receio de uma explosão de turistas por causa do superferiado, a prefeitura está tentando bloquear os acessos ao município por decisão judicial. Praias e comércios não devem ser interditados pela impossibilidade de garantir a fiscalização. 

Na noite desta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou a restrição ao acesso de turistas a cinco praias do litoral paulista entre os dias 20 e 25 de maio. As decisões são referentes aos municípios de Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo. Cabe recurso à decisão.







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