Viajante inveterado e testemunha ocular da vida selvagem, ele está recluso como todos nós. Mas Lawrence Wahba na live da Go Outside saiu da toca, para conversar sobre lições preciosas que só a natureza pode nos dar.
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O mergulhador é o cinegrafista de natureza e vida animal mais prestigiado do país. É também um dos maiores nomes dessa arte no mundo, com diversos prêmios ao longo de quase 30 anos de carreira, incluindo um Emmy. Pioneiro no registro subaquático de tubarões, Lawrence conhece de perto um sem-fim de espécies e os mais inóspitos habitats
do planeta.
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Com toda essa bagagem, ficar confinado em um apartamento na cidade durante 40 dias é a menos expressiva das suas histórias. Mesmo assim, Lawrence Wahba na live da Go Outside compartilhou muitas reflexões sobre os caminhos da humanidade.
Lawrence Wahba na live da Go Outside
Nascido em São Paulo, o diretor foi descobrindo aos poucos sua vocação durante as férias no litoral do Rio de Janeiro, onde mergulhava e curtia a simplicidade da vida caiçara.
Quando chegou a hora de escolher o caminho profissional, Lawrence já era mergulhador. Por isso, decidiu cursar cinema para unir duas paixões: o mar e os documentários do mestre Jacques Cousteau. Assim, ele praticamente inaugurou uma profissão e um mercado. Tornou-se um especialista e se consolidou como diretor de filmes e séries especiais para TV. Em 2017 saiu o seu primeiro longa-metragem, Todas As Manhãs Do Mundo, que registrou o amanhecer e a vida de espécies pelos quatro cantos do globo.
A pandemia, ele acredita, tem total relação com a maneira irresponsável com que produzimos, gastamos, consumimos e exploramos, sem levar em conta os recursos e os ciclos da natureza. “A gente precisa usar essa oportunidade para repensar a forma como vivemos ou então vamos ser varridos do planeta porque os invasores somos nós”, diz.
Profundamente ligado às questões ambientais, Lawrence fica furioso quando o nome do ministro do Meio Ambiente surge numa conversa. Ricardo Salles é condenado pela justiça por improbidade administrativa e acusado de ser um dos agentes no “desmonte” das políticas de preservação ambiental no país.
“O debate não pode ser entre direita e esquerda. A esquerda também cometeu crimes ambientais terríveis, como a construção de Belo Monte. A discussão tem que ser entre o que nos leva adiante e o que nos atrasa como civilização”, defende o diretor.
Lawrence é o terceiro entrevistado da série de lives produzidas pela Go Oustide durante a quarentena. Confira o papo na íntegra:
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