Qantas fará seu voo mais longo da história: 14.680 km sem escalas

Por Redação

Qantas fará seu voo mais longo da história
Imagem: Shutterstock

A companhia aérea Qantas deve operar seu voo comercial sem escalas mais longo da história para repatriar australianos que estão presos nas Américas Central e do Sul há meses devido à pandemia da covid-19. Um Boeing 787 Dreamliner vai percorrer 14.680 km de uma só vez.

+ Tartaruga ‘invade’ pista de aeroporto e atrasa cinco voos
+ Avião supersônico terá voo de 4 horas para qualquer lugar do mundo por U$ 100

O voo de Buenos Aires, na Argentina para Darwin, Austrália, acontecerá em 5 de outubro e deve durar 18 horas, segundo informações o Independent. O voo mais longo da história da companhia aérea, até então, havia sido entre Londres e Perth, com uma distância de 14.498 km.

Quando chegarem na Austrália, os passageiros terão que se isolar nas instalações de quarentena de Howard Springs por 14 dias.

Joe May estava tentando voltar do Panamá há oito meses e conseguiu um assento no próximo voo por A$ 2.396 (R$ 9.342).

“Eu ensino inglês aqui e, como resultado de quase um ano de restrições, gastamos todas as nossas economias”, disse ele ao site Stuff. “Um amigo muito querido pagou este voo com cartão de crédito.”

Ele deve viajar sem a filha de três anos e a esposa equatoriana, que devem ficar para trás enquanto ele faz o pedido de residência para elas, um processo que pode levar dois anos.

“Meu coração está partido por deixar minha esposa e filha. No momento, simplesmente me sinto entorpecido, inseguro e perdido”, lamentou.

Os australianos presos nas Américas Central e do Sul esperam pegar o voo, mas temem que não consigam cruzar a fronteira com a Argentina. No momento, apenas cidadãos e residentes permanentes estão autorizados a entrar, mas as restrições deverão ser amenizadas em 1º de outubro.

Um porta-voz do Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália (DFAT) disse: “O governo australiano continua a trabalhar duro para ajudar os australianos a retornar, incluindo ajudá-los a acessar voos comerciais programados dentro do limite de passageiros”.