Se a felicidade não tem preço, entrar no “país mais feliz do mundo” tem. A diária cobrada pelo Butão é de US$ 200, ou mais de R$ 1.000 por pessoa, o triplo do valor pré-pandemia, e passou a ser considerada a mais alta do setor turístico em todos os tempos. Quase nada em comparação ao que é cobrado no Brasil, basicamente por cidades com praias superlotadas na alta estação. Regulamentada pelo Ministério do Turismo, a taxa varia de acordo com decisões municipais e tem como foco a preservação ambiental.
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Até para evitar — em última instância — o desaparecimento de patrimônios da humanidade, taxas são cobradas de visitantes em várias partes do mundo. A invasão do Monte Everest, por exemplo, é assustadora: em junho, 34 toneladas de lixo foram retiradas das quatro montanhas do Nepal. Em 2021, 408 escaladores entraram por essa rota e houve congestionamento no final da trilha estreitíssima que vai ao topo do mundo, a 8.800 metros. Esse acesso custa US$ 11,5 mil, ou perto de R$ 60 mil por pessoa. Veneza, sob ameaça climática e dos gigantescos navios de cruzeiro que recebe, tem sua “imposta de sogiorno”, uma diária individual que vai de 3 a 10 euros (R$ 15 a R$ 50).
Em belezas naturais, o Brasil reina. Fernando de Noronha tem uma taxa/dia de R$ 87,71 (R$ 6.184,93/mês).
Bombinhas, em Santa Catarina, cobra por carros e motos entre novembro e abril, e mantém banheiros públicos com duchas, monitora o ambiente e recupera vegetação. Morro de São Paulo, vila no município baiano de Cairu, no arquipélado de Tinharé, tem entrada a R$ 20, independente do tempo de permanência. “Chamamos de Tarifa de Preservação do Patrimônio Cultural e Ambiental”, explica Cláudio Brito, o secretário de Turismo. “É importante e necessária para cuidar das encostas, coleta de lixo, fiscalização das piscinas naturais.” No Ceará, o turista que vai a Jericoacoara tem uma boa “desculpa” para esticar a visita ao paraíso: se não pagar a taxa semanal de turismo de R$ 30 no aeroporto, não embarca de volta para casa.