O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) determinou, no domingo (3), a suspensão da visitação por três dias no Parque Nacional dos Abrolhos, depois que foram identificadas pequenas manchas de óleo na unidade de conservação no sábado (2).
De acordo com o instituto, a medida se dá para não atrapalhar as atividades de prevenção, controle e remoção do óleo e minimizar possíveis danos à saúde dos visitantes em Abrolhos.
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As manchas foram localizadas na praia norte da Ilha de Santa Bárbara, uma das cinco que forma o Arquipélago dos Abrolhos, na Bahia. O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), informou a remoção dos pequenos fragmentos de óleo, que foi feita por equipes e navios da Marinha, juntamente com o ICMBio.
No domingo (3), não foram identificadas novas manchas de óleo. Os navios de patrulhamento da Marinha estão monitorando as praias do Arquipélago dos Abrolhos.
Derramamento de óleo
Manchas de petróleo começaram a aparecer nas praias do Brasil no final de agosto, contaminando pontos turísticos, matando tartarugas marinhas e assustando os pescadores. O vazamento afetou um terço da costa do Brasil, ou cerca de 2250 quilômetros. As autoridades coletaram 4.000 toneladas de óleo das praias.
A localização inicial do vazamento não foi identificada, embora na última semana a Polícia Federal tenha afirmado que o petróleo veio de um navio de bandeira grega com capacidade para 80.000 toneladas. A empresa grega negou os vazamentos, enquanto a Petrobras disse que suas análises laboratoriais mostraram que o petróleo é originário de três campos venezuelanos.
As autoridades e voluntários estão se esforçado para limpar o vazamento que aparece na superfície. No entanto, manchas de óleo foram detectadas por mergulhadores no fundo do mar.