Depois da medida para cobrar taxas de reserva para fazer bate-e-volta na cidade, o bloqueio de navios de cruzeiro no centro histórico e a disposição de guardas armados para fazer patrulha nas multidões, Veneza irá adotar mais uma medida para o controle do turismo desordenado: o governo municipal pretende monitorar celulares e usará as câmeras nas ruas para verificar e controlar fluxo de turistas.
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De acordo com informações da agência de notícias Reuters, a prefeitura acionou a polícia local para minimizar a onda de superturismo que chegou na cidade. Os oficiais vão dispor de 468 câmeras de segurança, sensores ópticos e sistema de rastreamento de celulares para distinguir moradores de turistas, italianos de estrangeiros e monitorar de onde as pessoas vêm, para onde vão e em que velocidade.
As autoridades ainda devem obter uma fotografia da cidade, para analisar sua lotação a cada 15 minutos, que será possível contar o número de gôndolas e barcos nas águas, além de verificar se alguma infração está sendo cometida.
A prefeitura também testa catracas similares a de aeroportos no centro histórico, para controlar a superlotação de patrimônio que precisa ser protegido.
O prefeito Luigi Brugnaro comunicou que os dados coletados serão sigilosos, mas também auxiliarão no monitoramento das ruas e canais. O foco é tornar o turismo na região mais sustentável. “Espero protestos, processos, tudo… Mas tenho a obrigação de tornar essa cidade habitável para aqueles que querem aqui morar e para aqueles que querem visitar”, anunciou.
Segundo a administração local, Veneza perdeu aproximadamente um terço de seus moradores desde os anos 50 graças ao turismo desordenado. Cerca de 25 milhões de pessoas visitam Veneza todos os anos.