Será que o Brasil vai enfrentar uma “primavera das bicicletas”? A onda em duas rodas que está varrendo o mundo é menos promissora no Brasil. Contudo, os dados do setor permitem ter alguma esperança. O aumento na vendas de bike em maio em 50% é o maior indicador.
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O dado vem da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike). A entidade registrou aumento de 50% nas vendas de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram obtidos depois de uma pesquisa com 35 associados.
O perfil de bikes que mais cresceu são as bicicletas que custam entre R$ 800 e R$ 3 mil, além de uma alta na venda bicicletas elétricas, na mesma faixa de preço. De acordo com o presidente da da Aliança Bike, Giancarlo Clini, a reabertura oficial está sendo uma oportunidade de divulgação da bicicleta como meio de transporte. “Tanto para fugir das aglomerações no transporte público quanto do alto custo e do estresse de se deslocar de carro”, disse em uma entrevista ao UOL.
Vendas de bike: queda durante a quarentena
A Aliança Bike tem mais de 80 associados, entre fabricantes, montadores, importadores, distribuidores e lojistas. Bicicletas de maior valor agregado, como as esportivas, mantiveram o mesmo patamar de 2019. O mesmo aconteceu com as bicicletas elétricas.
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No primeiro mês de pandemia, houve uma queda nas vendas. Entre 15 de março e 15 de abril, a queda ficou entre 50% e 70%. De acordo com a Associação, a aumento atual já superou as perdas do início da quarentena.
Apesar da deficiência crônica em infraestrutura cicloviária e de praticamente nenhuma cidade ter anunciado investimentos para melhorar o transporte e pé ou de bike, a aposta é que as pessoas tentem migrar pelo menos uma parte de seus deslocamentos para outros modais, evitando a aglomeração no transporte público.