É quase consenso que aumentar o consumo de vegetais e reduzir a quantidade de carnes faz bem à saúde de forma geral e pode prevenir doenças do coração. Segundo um polêmico estudo divulgado nesta segunda-feira (21), porém, isoladamente, os vegetais não reduzem o risco de doenças cardíacas – afirmação que prontamente foi contestada por especialistas em alimentação.
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O levantamento analisou dados de cerca de 400 mil adultos residentes no Reino Unido e “não encontrou evidências de um efeito protetor da ingestão de vegetais na ocorrência de doença cardiovascular”, afirmou Qi Feng, epidemiologista do Departamento de Saúde da População da Universidade de Oxford, por meio de comunicado.
Além disso, hábitos como tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas podem anular os benefícios de dietas à base de vegetais, de acordo com a pesquisa, que foi publicada na revista Frontiers in Nutrition.
Na avaliação de outros estudiosos, no entanto, vegetais folhosos e legumes continuam sendo essenciais em uma dieta saudável. “Esses alimentos podem ajudar a reduzir o peso e os riscos de doenças cardíacas”, disse Naveed Sattar, professor de medicina cardiovascular e metabólica da Universidade de Glasgow (Escócia), ao canal de notícias CNN.
“Os resultados não são surpreendentes. Não devemos olhar para alimentos ou nutrientes isolados, mas sim para todo o padrão alimentar”, disse Alice Lichtenstein, diretora do Laboratório de Nutrição Cardiovascular da Universidade Tufts.
Ou seja, nada de tirar a saladinha da dieta (e manter outros hábitos saudáveis, claro).